- BlackRock IBIT lidera ETFs de Bitcoin com US$ 50 bilhões.
- Bitcoin supera US$ 100 mil, impulsionado por crescimento institucional.
- ETFs híbridos combinam Bitcoin e ouro para diversificação estratégica.
O iShares Bitcoin Trust (IBIT), lançado pela BlackRock em janeiro de 2024, encerrou o ano estabelecendo marcos históricos no mercado financeiro. Com menos de um ano de existência, o ETF alcançou US$ 50 bilhões em ativos sob gestão (AUM), tornando-se o ETF de crescimento mais rápido da história. Este resultado impressionante reforça o papel do Bitcoin como um ativo essencial nos portfólios de investidores institucionais e reafirma a força da BlackRock como líder global no gerenciamento de ativos, com mais de US$ 11 trilhões sob administração.
No momento da publicação, o preço do Bitcoin estava cotado em US$ 93.374,98 com alta de 0.3% nas últimas 24 horas.
O crescimento explosivo do IBIT não apenas atraiu capital significativo, mas também desempenhou um papel crucial na valorização do Bitcoin, que ultrapassou a marca de US$ 100.000 pela primeira vez. A adoção de ETFs de Bitcoin ofereceu aos investidores uma alternativa mais acessível e regulamentada para exposição à principal criptomoeda do mercado, reduzindo barreiras e aumentando a confiança no setor de criptomoedas.
Com mais de 552.554 Bitcoins sob gestão, o IBIT posiciona-se como o maior detentor de Bitcoin entre os ETFs norte-americanos. Isso representa aproximadamente 2,6% do fornecimento total da criptomoeda, destacando o poder de influência da BlackRock no mercado. Em uma perspectiva mais ampla, os ETFs baseados nos EUA agora detêm mais de 1,1 milhão de Bitcoins, o que equivale a 5% do suprimento global da moeda digital. Este número impressionante supera até mesmo as estimativas de posse de Satoshi Nakamoto, o criador pseudônimo do Bitcoin, que se acredita ter cerca de 1,1 milhão de moedas.
Ao longo de 2024, o IBIT liderou consistentemente o mercado, representando mais de 50% do volume diário de negociação entre todos os ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos. Mesmo enfrentando fluxos de saída pontuais, como os US$ 188,7 milhões registrados recentemente, o fundo mantém sua relevância, acumulando entradas líquidas de US$ 37,27 bilhões no ano. Esse desempenho o coloca significativamente à frente de concorrentes como o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund, que captou aproximadamente US$ 12 bilhões em entradas líquidas no mesmo período.
A popularidade crescente dos ETFs de Bitcoin também impactou os mercados tradicionais de ouro. O conceito de “ouro digital” ganhou força à medida que investidores buscam alternativas mais modernas e alinhadas às transformações tecnológicas. Enquanto ETFs de ouro enfrentam saídas líquidas significativas, os ETFs de Bitcoin, liderados pelo IBIT, ampliam sua participação no mercado, que já representa 1% do total de ativos de ETFs nos Estados Unidos, avaliado em US$ 10 trilhões. Esse movimento sugere uma mudança nos padrões de investimento, com o Bitcoin emergindo como uma nova reserva de valor em meio às incertezas econômicas globais.
Além do sucesso do IBIT, novos produtos estão sendo lançados para explorar a crescente demanda por exposição ao Bitcoin. ETFs híbridos, como o STKD Bitcoin & Gold, oferecem aos investidores a possibilidade de diversificar entre Bitcoin e ouro, ampliando as opções disponíveis para diferentes perfis de risco. Outras iniciativas, como ETFs focados em empresas com grandes reservas de Bitcoin, como Tesla e MicroStrategy, também estão ganhando espaço, evidenciando o impacto abrangente do Bitcoin na indústria de ETFs.
O ano de 2024 consolidou o Bitcoin como um ativo estratégico nos portfólios institucionais. Com a liderança da BlackRock e a diversificação de produtos no mercado, os ETFs de Bitcoin não apenas redefinem a percepção sobre criptomoedas, mas também solidificam sua posição no mercado financeiro global.