- Staking pode revitalizar interesse em ETFs de Ethereum
- SEC ainda vê staking como possível valor mobiliário não registrado
- Desempenho do Ethereum fraco no primeiro trimestre de 2025
A implementação de staking pode ser um divisor de águas para os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Ethereum, de acordo com Robert Mitchnick, chefe de ativos digitais na BlackRock.
Durante sua participação no Digital Asset Summit em Nova York, Mitchnick reconheceu que o interesse pelos ETFs de Ethereum tem sido moderado desde o seu lançamento no último verão. Ele atribuiu o desempenho aquém do esperado desses fundos à impossibilidade de gerar rendimentos por meio de staking.
“Um rendimento de staking é uma parte significativa de como você pode gerar retorno de investimento neste espaço,” explicou Mitchnick. O staking permite que os investidores obtenham rendimentos passivos sobre seus holdings de criptomoedas, ao bloquear tokens na rede por um período determinado.
Essa modalidade possibilita aos investidores rentabilizar seus criptoativos, caso não planejem vendê-los em breve. Atualmente, o staking não está disponível para ETFs de ETH à vista ou de Bitcoin.
Até o momento, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) tem considerado os serviços de staking como possíveis valores mobiliários não registrados, baseando-se no Teste de Howey, que é usado para determinar se um ativo constitui um contrato de investimento e, portanto, um valor mobiliário.
No entanto, Mitchnick se mostrou otimista quanto à implementação de staking sob uma SEC favorável às criptomoedas.
Recentemente, o Ethereum, que é a segunda maior criptomoeda em capitalização de mercado, vem enfrentando grandes desafios. A moeda digital registrou uma queda de cerca de 40% este ano.
De fato, o Ethereum está a caminho de apresentar seu pior desempenho no primeiro trimestre desde sua criação em 2015. A BlackRock, que emite o iShares Ethereum Trust ETF (ETHA), viu o valor do fundo cair 43% no ano.