A Bitfinex, empresa afiliada do maior provedor de stablecoin do mundo, o Tether (USDT), anunciou que não irá congelar unilateralmente as contas de clientes russos comuns como parte das sanções globais impostas por uma série de governos e blocos econômicos.
A única situação que fará com que a Bitfinex tome essa medida é se for forçada a fazê-lo, segundo um porta-voz da empresa, que enfatizou ainda que a empresa tomou as medidas cabíveis contra as contas de usuários russos que foram sancionados.
Como em todas as contas de nossos clientes, trabalhamos para garantir que não haja movimentos ou medidas irregulares que possam violar as sanções internacionais aplicáveis”, comentou o porta-voz.
De acordo com a Bitfinex, bloquear todos os russos comuns diante o conflito em andamento, iniciado em 24 de fevereiro, pode ser injusto em nível humano, já que as ações dos governos podem não falar por indivíduos, disse o porta-voz.
Nossa visão é que as ações de um governo não necessariamente representam os desejos dos indivíduos. A menos que sejamos orientados de outra forma pelas autoridades reguladoras pelas quais somos governados, queremos proteger as contas de todos os nossos clientes”, disse o porta-voz, ao Cointelegraph.
Os termos de serviço da Bitfinex apontam para que uma “pessoa sancionada” refere-se a qualquer pessoa ou endereço de token digital que esteja listado explicitamente em qualquer lista de sanções de propriedade direta ou indireta de 50% ou mais de qualquer pessoa ou grupo de pessoas em conjunto com tal pessoa. A pessoa sancionada na Bitfinex também se refere a uma pessoa que está sujeita a qualquer aprovação do governo ou sancionada, restrita ou penalizada sob sanções econômicas aplicáveis.
A Bitfinex, lançada em 2012, é uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, com volumes diários de negociação de mais de US $ 800 milhões, segundo o site CoinGecko. A corretora de criptomoedas é conhecida por estar sujeita a litígios regulatórios nos Estados Unidos, com Bitfinex e Tether pagando uma multa de US$ 43 milhões pelas violações do US Commodity Exchange Act em outubro do ano passado.