Arthur Hayes, ex-CEO e cofundador da BitMEX, trouxe à tona uma perspectiva provocante na recente dinâmica do Federal Reserve (Fed) dos EUA. Em meio a movimentações constantes da maior autoridade monetária do mundo, Hayes aponta o Bitcoin como um baluarte diante das ações do Fed.
Em um cenário onde o Federal Reserve busca incansavelmente combater a inflação, Hayes enxerga a estratégia da entidade como um tanto “quixotesca”. E o que isso tem a ver com Bitcoin? Bem, nosso especialista vê o Bitcoin – com sua oferta finita – como um porto seguro. “O Bitcoin tem uma oferta limitada. Portanto, à medida que o volume do ‘papel higiênico fiduciário’ cresce, o mesmo acontece com o valor do Bitcoin quando medido em moeda fiduciária”, ressaltou Hayes.
Hayes vê as táticas do Fed como ineficientes, principalmente ao considerar sua decisão de aumentar o Programa Reverse Repo e os Juros sobre Saldos de Reserva. Esta manobra, segundo ele, neutraliza o impacto das ações do Fed na oferta monetária.
Uma comparação intrigante foi feita por Hayes com Paul Volcker, ex-presidente do banco central dos EUA, que conseguiu combater a inflação na década de 1980 com uma abordagem monetária agressiva. No entanto, ao contrário de Volcker, Hayes afirma que o Fed de hoje está gerenciando mal as taxas e não está focado no que realmente importa.
Atualmente, o Fed retira cerca de 80 bilhões de dólares por mês do mercado, enquanto simultaneamente infunde aproximadamente 22,53 bilhões de dólares nos bancos. Apesar destes movimentos parecerem restritivos, Hayes acredita que o aumento das despesas com juros sobre a dívida governamental dos EUA está reembolsando igual montante à economia.
Ao final, Hayes sinaliza que o Tesouro dos EUA poderá, em breve, reverter suas estratégias atuais para evitar um default catastrófico. No entanto, ele ressalta que o mercado ainda não percebeu esta iminência e, consequentemente, não migrou significativamente para o Bitcoin. Em suas palavras finais, Hayes pontua: “Temos que descer para subir. Não vou lutar contra o mercado, apenas observar e aceitar o que vier”.