Banir definitivamente as criptomoedas da russia ainda está aberta ou pelo menos é para criptos, com muitos parlamentares rejeitando a ideia de banir, eles responderam aos pedidos do Banco Central na semana passada para uma proibição total de criptoativos e mineração de tokens.
Embora o Banco Central tenha ganhado uma pequena quantidade de apoio condicional para algumas de suas propostas – nenhuma das quais é particularmente nova, já que o órgão e sua governadora, a que é contra o mercado cripto Elvira Nabiullina, pediram a Moscou para emitir uma proibição por vários anos.
Mas o mercado de criptomoedas, mineração e tokens têm muitos aliados nos corredores do poder em Moscou, e a cobertura da mídia internacional sobre as intenções de proibição do banco atraiu críticas.
Segundo a agência de notícias Tass citou Anton Gorelkin, vice-presidente do Comitê de Política de Informação, Tecnologia da Informação e Comunicações do parlamento, descrevendo o pedido do banco por uma proibição como “sensacional”, mas admitiu que poderia ser um ponto de partida para “uma ampla discussão” sobre regulamentação de criptomoedas. Ele explicou:
“Não acho que a proibição de criptomoedas, seja a decisão certa. Sim, muitos dos argumentos apresentados pelo regulador são razoáveis e corretos do ponto de vista da segurança econômica. Mas compartilho a posição de especialistas, que veem um futuro nas tecnologias blockchain e acreditam que a proibição de criptomoedas afetaria negativamente o desenvolvimento de TI da Rússia.”
Anatoly Aksakov, chefe do comitê parlamentar que lida com os mercados financeiros e o principal corretor da legislação de criptomoedas, também minimizou as conversas sobre uma proibição total, afirmando:
“Várias opções estão sendo discutidas e continuarão sendo discutidas. É muito cedo para dizer que o comitê chegou a uma posição inequívoca sobre esta questão.”
Ele disse que seu comitê analisará a proposta do Banco Central, mas “também considerará outras propostas”.
“Até agora”, disse Aksakov, “os pontos de vista diferem bastante dramaticamente”, acrescentando:
“O comitê é um árbitro nesta discussão e é importante para nós ouvir todos os lados. Com base nessas discussões, tomaremos uma decisão”.
Lenta informou que Andrey Lugovoy, primeiro vice-presidente do Comitê de Segurança e Anticorrupção, também se manifestou contra a proibição proposta.
E o mesmo meio de comunicação observou que os parlamentares afirmaram que “o Banco Central é o único a pedir proibições totais” dentro do grupo de trabalho encarregado de criar uma lei para regular a criptomoeda e a mineração este ano.
O veículo observou que “nenhum órgão do governo apoia a posição assumida pelo Banco Central até agora”.
De fato, os parlamentares foram citados como expressando o medo de que falar de tais medidas “repressivas” “podem tornar a Rússia motivo de chacota para o mundo inteiro”.
PlusWorld citou Lugavoy como afirmando:
“Se você fizer declarações pedindo para ‘proibir tudo categoricamente’, precisará justificá-las o máximo possível, com números específicos, claros e compreensíveis e com uma explicação do que devemos fazer com as pessoas que atualmente possuem criptomoedas. Ninguém sabe por que o Banco Central assumiu uma posição tão radical.”
Acrescentou que falar de “alta volatilidade” e “esquemas de pirâmide” não serviria, pois é possível “dar exemplos de muitas coisas que fazem parte das nossas vidas, mas também são arriscadas para os cidadãos”.
Enquanto isso, Aksakov também acrescentou que um projeto de lei de criptomoedas pode chegar à Duma do Estado (o parlamento da Rússia) a tempo de sua sessão de primavera, mas acrescentou que “nenhum projeto de lei sobre esse assunto” chegou aos comitês até o momento. Independentemente disso, ele pediu ao governo para se apressar. Tass citou -o como afirmando:
“Durante a sessão de primavera, é importante adotarmos algum tipo de documento legal que determine a forma de regulação do mercado. Está se desenvolvendo muito rápido, há muitos investidores. E é importante delimitar muitas questões, especialmente porque a mineração está criando problemas para a eletricidade dos consumidores, para as autoridades locais. E para regular pelo menos essa questão, devemos tomar a decisão legal apropriada.”