O ano de 2023 trouxe consigo uma série de oscilações para o mundo das criptomoedas. Embora tenhamos visto avanços significativos na adoção das moedas digitais por diversas empresas e instituições, as perspectivas para o Bitcoin, a mais renomada das criptos, têm provocado debates entre especialistas.
Recentemente, o especialista-chefe da Bloomberg, McGlone, lançou um olhar analítico sobre o panorama do Bitcoin para o quarto trimestre deste ano. De acordo com sua análise, com o advento do último trimestre, a liquidez do Bitcoin poderá enfrentar períodos mais tensos, o que poderia impactar negativamente sua cotação.
O especialista compartilhou um gráfico que mostra uma correlação entre o preço do Bitcoin e o futuro dos fundos federais ao longo de um ano, identificado como FF13. Neste cenário, ele apontou: “Em um contexto onde a taxa de juros global está se elevando, a fase mais difícil para as criptomoedas pode se prolongar, mesmo com os primeiros sinais de uma recessão econômica emergindo”.
McGlone, em setembro, já havia se manifestado sobre a liquidez do Bitcoin em uma plataforma digital, onde comentou que, se este indicador se mantiver acima de 5%, as chances de uma ação flexibilizadora por parte do Federal Reserve (o banco central dos EUA) seriam escassas. Este ponto é crucial, pois um índice em ascensão poderia afetar não apenas o Bitcoin, mas também outros ativos de risco no mercado.
Em uma atualização recente, o analista enfatizou que, apesar do Bitcoin apresentar uma tendência de alta atualmente, tal movimento poderia estar ligado a um ajuste de mercado ou a coberturas de posições vendidas. Uma observação alarmante feita por McGlone é que o patamar de US$ 30.000 pode agora representar uma barreira significativa para o Bitcoin. Mas ele vai além: os riscos, segundo o especialista, podem fazer o preço Bitcoin cair até a casa dos US$ 10.000.
No momento da publicação, o preço do BTC estava cotado em US$ 27.562,69 em queda de 3% nas últimas 24 horas.