- Bitcoin pode ser reserva financeira na Venezuela.
- Proteção contra hiperinflação com Bitcoin.
- Bitcoin auxilia na estabilidade econômica.
Em uma recente discussão internacional sobre criptomoedas, o debate se aqueceu com a proposta de um novo país considerar o Bitcoin como parte de suas reservas financeiras. Esta iniciativa espelha uma sugestão anterior do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que propôs uma reserva nacional de Bitcoin para enfrentar a dívida nacional.
Durante um diálogo com Alex Gladstein da Human Rights Foundation, Machado salientou a importância do Bitcoin para enfrentar crises econômicas severas, como as vivenciadas pela Venezuela. Criticando duramente as políticas dos presidentes Hugo Chávez e Nicolás Maduro, ela destacou como essas gestões resultaram na depreciação dramática do Bolívar. “Os chavistas destruíram completamente o sistema monetário da Venezuela, o Bitcoin tem sido uma ferramenta de libertação e como, no futuro, o país reconstruirá suas reservas com BTC” afirmou Gladstein, ao relatar suas impressões sobre a entrevista com Machado.
Machado apontou a desvalorização extrema da moeda venezuelana, com inflação atingindo picos de 1,7 milhões por cento, forçando os preços a dobrarem quase que bi-diariamente. Desde 2016, a inflação excedeu 8 milhões por cento, impulsionando um êxodo massivo em busca de condições mais estáveis.
A situação da Venezuela serviu de catalisador para muitos cidadãos adotarem o Bitcoin como um meio de proteger seus ativos contra a hiperinflação. Machado vê a criptomoeda como uma ferramenta vital para a reconstrução econômica e suporte aos mais desfavorecidos. Além disso, ela ressaltou que as doações em Bitcoin são seguras contra apreensões governamentais, fazendo da criptomoeda um pilar essencial para uma transição pacífica no país.
Embora a proposta de Machado tenha nuances semelhantes à ideia de Trump, ela é claramente motivada pelos desafios econômicos específicos que a Venezuela enfrenta, independentemente de outros modelos internacionais.
Natal na Venezuela
Adicionalmente, em um gesto que já se tornou tradicional sob sua gestão, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a antecipação do Natal para 1º de outubro, pouco mais de um mês após eleições controversas marcadas por acusações de fraude e protestos intensos.
Maduro defendeu a medida como uma “homenagem ao povo combativo”, repetindo uma prática que iniciou em 2013 para elevar o espírito dos venezuelanos após a morte de Hugo Chávez. “Vamos antecipar o Natal para que as pessoas possam aproveitar esse momento de paz e amor, e esquecer um pouco das dificuldades,” declarou ele naquela época.