O Bitcoin, que vem apresentando um desempenho notável desde o início do ano, enfrenta agora uma forte retração. Nesta quarta-feira, a principal criptomoeda atingiu o valor de US$ 56.550, configurando uma queda significativa em comparação ao pico de US$ 73.803 registrado em março. Esta redução de mais de 20% em seu valor marca a entrada do Bitcoin em um mercado baixista, segundo os analistas.
Este movimento de queda ocorre após o evento de “halving” em abril, que tradicionalmente impulsiona altas no mercado, mas desta vez o cenário parece diferente. Analistas haviam previsto que o impacto deste “halving” poderia não seguir o padrão de elevação observado em ciclos anteriores. O contexto econômico atual, marcado por decisões críticas sobre taxas de juros pelo Federal Reserve, também joga um peso considerável sobre o mercado de criptomoedas.
Paralelamente, o desempenho dos ETFs de Bitcoin e Ether em Hong Kong também deixou a desejar. Na sua estreia, os volumes ficaram bem abaixo das expectativas, com os ETFs de Bitcoin movimentando apenas US$ 8,5 milhões, contra uma expectativa de US$ 100 milhões. Isso reflete um certo desinteresse ou cautela por parte dos investidores neste momento.
Nos Estados Unidos, a situação dos ETFs de Bitcoin também mostra sinais de dificuldades. O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) enfrentou saídas contínuas, totalizando uma perda de US$ 17 bilhões desde o dia 11 de abril. Nos últimos três dias, outro fundo importante, o FBTC da Fidelity, viu saídas de US$ 31 milhões, indicando uma tendência de retração entre os investidores.
Este período de instabilidade para o Bitcoin segue após uma fase de relativa estabilidade, onde a criptomoeda havia se saído bem após o “halving”. No entanto, a ausência de planos do Federal Reserve para reduzir as taxas de juros e o crescente temor de uma estagflação estão adicionando mais pressão no mercado, contribuindo para a atual onda de vendas.
No momento da publicação, o preço do BTC estava cotado em US$ 57.556,3 com queda de 6,5% nas últimas 24 horas.