O Banco de Compensações Internacionais (BIS), em um movimento considerado histórico, divulgou recentemente um relatório que impõe novas normativas aos bancos que possuem criptoativos do Grupo 2, incluindo nomes proeminentes como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e XRP. Esse conjunto de medidas visa fortalecer o controle sobre os riscos associados à alta volatilidade desses ativos.
Segundo o relatório, esses criptoativos foram categorizados como de alto risco, o que levou à decisão de que a exposição total de um banco a esses ativos não deve ultrapassar 1% do seu capital de Nível 1. A medida é uma clara indicação de cautela, uma vez que essas moedas são conhecidas por suas rápidas e significativas flutuações de preço.
The #BaselCommittee has published its final disclosure framework – including a set of standardised tables and templates – for banks’ cryptoasset exposures, to be implemented by 1 January 2026. Read more here: https://t.co/EL2aad1YgP pic.twitter.com/dcNDOwKH69
— Bank for International Settlements (@BIS_org) July 17, 2024
A partir de 1º de janeiro de 2026, quando as novas regras entrarão em vigor, instituições bancárias deverão adotar práticas de relatórios mais detalhados, tanto qualitativos quanto quantitativos. Esses relatórios focarão nas atividades relacionadas a criptomoedas e na liquidez necessária para manter a estabilidade financeira.
Além disso, o BIS está dedicando uma atenção especial às stablecoins. As novas diretrizes favorecem stablecoins apoiadas por entidades financeiras estabelecidas, como é o caso do JPMCoin, emitido pelo JPMorgan. Por outro lado, stablecoins que operam em blockchains sem permissões, como a USDT da Tether e a USDC da Circle, podem enfrentar regulamentações mais rigorosas.
Essas regulamentações, que entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2026, visam reduzir os riscos decorrentes das flutuações do mercado de criptomoedas,” ressaltou o relatório do BIS.