A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, interrompeu suas atividades e marketing em Israel após uma solicitação dos órgãos reguladores financeiros do país, devido um licenciamento.
Segundo informações da agência de notícias israelense Globes nesta quinta-feira (17), a Autoridade de Mercado de Capitais, Seguros e Poupança de Israel solicitou que a Binance fornecesse informações sobre os serviços que estava fornecendo aos israelenses, bem como quaisquer licenças sob as quais opera.
O órgão regulador, responsável por lidar com licenças para empresas de criptomoedas, não teria recebido um pedido da Binance para que a corretora pudesse fornecer seus serviços e realizar negócios em Israel.
Após a intervenção do mercado de capitais, a Binance neste estágio parou de comercializar para israelenses e todas as atividades focadas em Israel até examinarmos a questão do licenciamento”, afirmou a Autoridade de Mercados de Capitais em nota.
Tanto é que no site da Binance já não está mais listado o shekel de Israel como uma opção de pagamento para compra de criptomoedas, recurso que foi introduzido em fevereiro de 2020. Contudo, no momento da publicação desta matéria, listas de empregos da plataforma ainda incluem sete oportunidades para trabalhar para a empresa em Israel.
O CEO e fundador da Binance, Changpeng Zhao, disse ainda em meados do ano passado que queria que a corretora trabalhasse conjuntamente com reguladores locais quando tivesse escritórios em outros países, porém empresa de CZ enfrenta muitos problemas justamente por causa de regulatórios. Países como Itália, Malásia, Polônia, Alemanha, Reino Unido, Ilhas Cayman, Tailândia, Canadá, Japão, Cingapura já soltaram declarações que a corretora estaria operando de forma ilegal em seus respectivos países.
Israel ensaiou introdução de ativos digitais sob a estrutura regulatória adequada, tanto que o presidente Isaac Herzog recebeu um token não fungível (NFT) figurativo de quando ele prestou juramento em julho do ano passado, e o banco central do país vem explorando a introdução de um shekel digital há quase cinco anos.