A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, juntou cerca de US$ 1 bilhão para depositar em um fundo de seguros, criado como um proteção em caso de um ataque hacker em sua plataforma.
A corretora destinou essa quantia alegando que é para proteger os interesses dos usuários, e iniciou a reserva de dinheiro em 2018, de acordo com um comunicado da empresa. Quando o Fundo de Ativos Seguros para Usuários (SAFU, na sigla em inglês) foi concebido, a Binance comprometeu 10% de todas as taxas de negociação para aumentá-lo a um nível considerável para proteger os interesses dos usuários.
Ainda segundo o comunicado, a quantia não deve parar por aí, já que a intenção é manter o SAFU para garantir que o tamanho do fundo vá se adequando de acordo com a variação do mercado.
Além disso, a Binance ainda publicou os endereços das carteiras, como um movimento que o fundador e CEO, Changpeng Zhao, comentou como sendo uma iniciativa da empresa para promover a transparência e assim construir confiança em sua corretora.
Pedimos a todas as corretoras centralizadas que façam o mesmo, pois beneficiará todo o ecossistema e demonstrará aos governos, reguladores e partes interessadas importantes, o nosso compromisso coletivo em manter a confiança, integridade e transparência no ecossistema de criptomoedas”, disse CZ.
A iniciativa da Binance parte em meio a um momento em que o mundo da criptografia vive uma série de ataques hackers, alguns com grande danos, principalmente em corretoras de criptomoedas. A própria Binance já sofreu com um ataque hacker, em 2019, quando perdeu um valor estimado em mais de US$ 40 milhões.
Recentemente, a AscendEX, outra corretora de criptomoedas, afirmou que sua carteira quente foi violada no valor de US$ 78 milhões e o BitMart também foi hackeado, no final do ano passado, com perdas em US$ 200 milhões.
Contudo, não foi apenas a Binance que resolveu tomar essa atitude de reservar um aporte para caso de ataque hacker, a BitMEX também possui um grande fundo de emergência.