Ao longo de uma apresentação realizada no Banco Central Europeu (BCE) na última terça-feira (03), o consultor de empreendimentos de criptomoedas e relator europeu de regulamentação de ativos digitais, Patrick Hansen, chamou a atenção do público para uma apresentação intitulada como “Opções de privacidade do euro digital”.
No documento, que é relativamente curto, existem nove slides que apresentam as possíveis opções de privacidade do usuário na moeda digital do Banco Central (CBDC) da União Europeia, também conhecida como euro digital, reconhecendo uma preocupação pública com a privacidade da CBDC, enfatizando a necessidade de avaliar a questão “no contexto de outros objetivos da política da União Europeia, notadamente o combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”, de acordo com a apresentação.
Assim, o que o Banco Central Europeu exige é uma espécie de privacidade básica para o projeto do euro digital, em que todos os dados de transações sejam transparentes para intermediários, como bancos. A opção de fornecer um maior grau de privacidade para transações de baixo valor ainda está na mesa e “poderia ser investigada por legisladores”.
O anonimato do usuário não é um recurso desejável”, está expresso no quarto slide da apresentação, o que, para Hansen, não está claro como exatamente o euro digital difere da infraestrutura existente baseada em moeda tradicional para pagamentos digitais.
Vale lembra que a seção de comentários do público para o euro digital já contém mais de 13.000 respostas, com muito mais críticas para o projeto CBDC do que aval público. Enquanto isso, o BCE e o Eurosistema iniciaram o teste de um protótipo da interface digital do cliente em euro no final de do último mês.