Os Estados Unidos deram o primeiro passo para mostrar ao mundo que irão avançar na criação de sua própria moeda digital do banco central (CBDC), segundo o Bank of America.
Os estrategistas de criptomoedas do Bank of America, Andrew Moss e Alkesh Shah, emitiram um comunicado na última segunda-feira (24) falando que os CBDCs são uma evolução inevitável das moedas eletrônicas hoje em dia, segundo publicação da Bloomberg.
Um CBDC é uma versão digital da moeda tradicional de um país, como o dólar americano. Eles começaram a se destacar em 2020, quando as Bahamas lançaram o primeiro CBDC do mundo, chamado Sand Dollar.
Esperamos que a adoção e o uso de stablecoins para pagamentos aumentem significativamente nos próximos anos, à medida que as instituições financeiras exploram soluções de custódia e negociação de ativos digitais e as empresas de pagamentos incorporem a tecnologia blockchain em suas plataformas”, escreveram os analistas.
Essa não é a primeira vez que um órgão ligado ao governo dos Estados Unidos mostra maior interesse nas criptomoedas, já que na semana passada, em um relatório intitulado “Money and Payments: The US Dollar in the Age of Digital Transformation”, o Federal Reserve Bank (FRB, ou Fed) comentou sobre os benefícios e desvantagens que os EUA poderiam ter, caso adotarem um CBDC.
O Fed entende que um CBDC poderia potencialmente “melhorar o sistema de pagamentos doméstico seguro e eficaz” para famílias e empresas, já que “o sistema de pagamentos continua a evoluir”, possivelmente resultando em “opções de pagamento mais rápidas entre países”.
Observando isso, Shah e Moss também afirmaram que o uso de criptomoedas emitidas por empresas privadas tende a crescer. Atualmente, a responsabilidade por formas existentes de moeda digital, como contas bancárias online ou aplicativos de pagamento, pertence a entidades privadas, como bancos comerciais.
Porém, com um CBDC seria diferente nesse aspecto, porque seria a responsabilidade de um banco central como o Federal Reserve dos EUA, escreveu o Fed no relatório. Já sobre as dificuldades, o banco apontou que a preservação da estabilidade financeira, a proteção da privacidade dos usuários e o combate às transações ilícitas.