A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, pediu durante uma conferência realizada nesta terça-feira (22) que as instituições de criptomoedas não ajudem os russos a burlar as sanções econômicas impostas por diversos países.
A ação de impor barreiras econômicas à Rússia partiu de blocos como a União Europeia e a OTAN, logo após o início do conflito na Ucrânia, que já dura cerca de 3 semanas. No entanto, nesse mesmo período, foi notado pelas instituições membros do Banco Central Europeu
que o volume de negociação de criptomoedas vindo da Rússia disparou, com alguns observadores sugerindo que os oligarcas estão usando esses ativos para contornar as sanções.
Não há, no entanto, prova real disso, e vários especialistas em criptomoedas descreveram as razões pelas quais o mercado já é transparente o suficiente para não permitir tais ações.
Christine Lagarde, atual presidente do BCE e famosa crítica de criptomoedas, então acredita que as criptomoedas estão sendo usadas como alternativa para contornar os bloqueios econômicos, alertando ainda que as empresas que facilitam o desvio de sanções enfrentarão duras medidas.
Tomamos medidas para sinalizar claramente a todos aqueles que estão trocando, negociando, oferecendo serviços em relação a criptoativos que estão sendo cúmplices para contornar sanções”, afirmou Lagarde.
Segundo o provedor de dados do mercado de criptomoedas, Kaiko, o bitcoin está ganhando força na região da Rússia e da Ucrânia após as sanções. Os volumes de negociação de BTC em relação ao rublo atingiram o nível mais alto desde maio de 2021, enquanto aqueles que usam o hryvnia ucraniano superaram o pico de outubro passado.
A tendência segue uma onda de sanções contra a Rússia, que interrompeu os mercados cambiais e fez com que o rublo afundasse na lei recorde contra o dólar”, comentou Clara Medalie, chefe de pesquisa da Kaiko.
Além disso, Medalie observou ainda que o volume geral de negociação do bitcoin também disparou e acrescentou que o aumento da atividade para os pares de negociação BTC/UAH e BTC/RUB foi de “maior magnitude” do que o BTC/USD.