O presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, externou preocupações com atuações irregulares do mercado cripto no país e pediu que seja realizada uma regulamentação mais rígida dos ativos digitais diante do crescimento da indústria no Brasil.
Discursando na Comissão Parlamentar de Finanças e Tributação do Brasil, na Câmara dos Deputados, em 27 de setembro, Campos Neto, levantou preocupações relacionadas aos ‘vícios cripto’, a exemplo da evasão fiscal e de atividades ilícitas, que colocam o setor em destaque negativo no país.
Em sua declaração, o presidente do BC destacou que há uma popularidade das stablecoins entre os investidores brasileiros.
“Há uma percepção de que a demanda local mudou para stablecoins, que são criptomoedas normalmente vinculadas a ativos do mundo real, como o dólar americano, com pessoas usando criptomoedas mais como meio de pagamento e não apenas para investimento”, disse Campos Neto. “Entendemos que muita coisa está ligada à evasão fiscal ou ligada a atividades ilícitas”, complementou.
Ao ressaltar o aumento do interesse em cripto no Brasil, Campos Neto, garantiu que o BC, responsável por supervisionar o setor no país, vai endurecer a regulamentação, bem como, colocar as atividades de exchanges sob sua supervisão.
Cabe destaca que o Banco Central do Brasil informou, em 21 de junho, que a regulamentação das criptomoedas no país ainda está em construção.
Com a Lei nº 14.478/2022, o Marco das Criptomoedas, estrou em vigor em 20 de junho e as exchanges de criptomoedas, bem como outras plataformas do setor, tiveram que se adequar às novas regras para atuação no Brasil.