O Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou a proibição para as instituições financeiras locais de facilitar serviços de criptomoedas, poucos dias após dois dos maiores bancos argentinos, o Banco Galicia e Brubank, anunciarem que permitirão que os clientes comprem ativos digitais por meio de seus sites oficiais.
O banco central da Argentina afirmou que a proibição para as instituições monetárias domésticas é devido ao fato de que o BCRA ainda não impôs regulamentações sobre o setor, apontando alguns dos riscos potenciais mais comentados em torno dos ativos digitais, afirmando que bitcoin e altcoins são altamente voláteis e podem ser usados em lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo.
A medida ordenada pelo Conselho de Administração do BCRA busca mitigar os riscos associados às operações com esses ativos que possam ser gerados para os usuários dos serviços financeiros e para o sistema financeiro como um todo”, apontou o BCRA.
Mesmo com essa medida mais dura sobre as criptomoedas, o setor de criptoativos vem prosperando na Argentina há algum tempo. No final de 2020, a crise financeira estava crescendo a um ponto em que muitos habitantes preferiram mergulhar no mercado de criptomoedas em vez de manter suas moedas tradicionais desvalorizadas.
O crescimento foi tamanho que a equipe latino-americana da Binance estimou que o número de novos usuários na Argentina triplicou em apenas 12 meses. Além disso, a eletricidade com custo baixo e o grande território da Argentina, fora o clima adequado, ajudaram também no crescimento do setor local de mineração de bitcoin.
Isso fez com que várias corretoras de criptomoedas realizassem parcerias com o setor esportivo argentino, como a Bybit anunciando parceria com a Associação Argentina de Futebol (AFA) para se tornar o principal patrocinador global da seleção nacional de futebol. um tempo depois, a Binance fez o mesmo tipo de acordo.