Houve um aumento acentuado de argentinos que optaram por trabalhar para empresas que os pagam em criptomoedas em vez de fiduciárias, sugeriu um novo relatório.
Falando ao meio de comunicação Criptonoticias, Jonathan Chester, o CEO da Bitwage afirmou que, no ano passado, o número de argentinos que usaram a plataforma para receber pagamentos em cripto cresceu 250%.
A Criptonoticias acrescentou que o crescimento de trabalhadores que recebem criptoativos “pode ser ainda maior se outros pagamentos [métodos e plataformas] também forem levados em consideração”.
Bitwage acrescentou que os freelancers argentinos que usam a plataforma estão ganhando “cerca de US$ 3.000”, com indivíduos com ganhos mais altos ganhando “até US$ 5.000”, um pacote de pagamento que “excede em muito o salário médio local”.
Trabalhadores com salário mínimo na Argentina podem esperar ganhar apenas US$ 181 por mês – um número que é exacerbado pela hiperinflação incapacitante do país.
Segundo dados divulgados no mês passado pelo Ministério da Economia do país, a inflação na Argentina atingiu 94,8% em 2022. Esses números foram os mais altos registrados em qualquer lugar do mundo em 2022 e os mais altos do país desde 1991
A taxa do Banco Central da Argentina é de 75% Mas sua taxa de inflação foi de 94,8% em 2022 “Argentina” vem da palavra latina para prata (argentum). O rio que passa por Buenos Aires chama-se Rio de la Plata (Rio da Prata). Este lugar claramente nunca foi feito para usar fiat. pic.twitter.com/GGIhnlpKva
— Stack Hodler (@stackhodler) January 13, 2023
Alta inflacionário e desvalorização do peso fazem argentinos optarem por receber em criptos
Essa hiperinflação – e as tentativas do governo de limitar os comportamentos de compra de USD – foram amplamente creditadas por impulsionar a adoção de cripto pelos argentinos. Apesar do recente mercado em baixa, muitos no país parecem acreditar que a criptomoeda representa uma aposta mais segura do que o peso fiduciário.