Numa era em que a inteligência artificial tem revolucionado múltiplos setores, incluindo o mercado de criptomoedas, agora é a vez da indústria musical se posicionar. E, ao que parece, não estão muito felizes com algumas startups de IA.
No epicentro desse furacão tecnológico e legal, encontramos a Anthropic. Essa jovem empresa de IA está no banco dos réus, acusada por gigantes do setor musical, como Universal Music Group (UMG), Concord Publishing e ABKCO Music & Records, de violação de direitos autorais.
Mas o que aconteceu exatamente?
Bem, essas gigantes da música alegam que a Anthropic pegou um atalho e utilizou “grandes quantidades de obras protegidas por direitos autorais”, incluindo letras de muitas composições sob sua propriedade, para treinar o chatbot de IA chamado Claude. O argumento central é que o chatbot pode gerar cópias idênticas ou quase idênticas de canções icônicas, como “What a Wonderful World”, “American Pie” e muitas outras.
Os advogados dos gigantes musicais não perderam tempo e sublinharam que apenas porque uma empresa usa o termo “IA” não significa que ela está livre para infringir regras fundamentais de direitos autorais que existem há séculos. Eles exemplificam citando uma replicação quase perfeita da canção “I Will Survive” de Gloria Gaynor, pertencente à UMG, produzida por Claude.
A onda de processos por violação de direitos autorais contra desenvolvedoras de IA não é algo novo. Grandes nomes como OpenAI, Google e Meta enfrentaram ou ainda enfrentam ações judiciais semelhantes.
No entanto, a UMG não se limita apenas a processar. Em busca de soluções inovadoras e colaborativas, recentemente selou uma parceria com a BandLab Technologies, visando o uso ético da IA para salvaguardar os direitos dos artistas.