A BlackRock, conhecida como a maior gestora de ativos do mundo, recentemente chamou a atenção no universo das criptomoedas com o lançamento de seu fundo negociado em bolsa (ETF) Bitcoin. Entretanto, a notoriedade não se deve apenas ao ETF, mas também às observações da empresa sobre stablecoins, com um destaque especial para o Tether (USDT).
Em um documento submetido à SEC em junho, a BlackRock expressou preocupação sobre a possibilidade de uma “desvinculação desordenada” ou um êxodo massivo tanto do Tether quanto do USDC, prevendo que isso poderia desencadear volatilidade significativa no mercado de criptomoedas. Essa abordagem cautelosa gerou críticas de entusiastas do setor, que interpretaram como uma estratégia para propagar medo, incerteza e dúvida.
A cautela da BlackRock, no entanto, tem fundamentos. O Tether enfrenta questionamentos há anos sobre a suficiência de suas reservas como garantia. Um colapso potencial do Tether poderia, por consequência, impactar gravemente todo o mercado de criptomoedas, desencadeando um efeito dominó.
Neato.
BlackRock is spreading Tether “FUD”.
Mentions unbanked stablecoins can create artificial demand.
Discloses Tether fraud has been sanctioned for unbacked tethers.
Discloses Tether laundering money.
I guess the FUD is super effective. pic.twitter.com/av6JMp8IGX
— Bitfinex'ed 🔥🐧 Κασσάνδρα 🏺 (@Bitfinexed) November 13, 2023
O propósito por trás da postura da BlackRock permanece incerto. Há quem especule que a empresa esteja apenas se preparando para uma possível crise relacionada ao Tether. Outros acreditam que a gestora está indiretamente expressando seu ceticismo em relação às stablecoins, o que poderia repercutir significativamente na indústria de criptomoedas.
Independente dos motivos da BlackRock, seus comentários sobre o Tether e o ETF Bitcoin têm provocado debates intensos na comunidade de criptomoedas. A postura cautelosa da empresa pode ser um indicativo das tendências futuras, especialmente com o crescente interesse de investidores institucionais no setor.
A preocupação da BlackRock com as stablecoins, especialmente o Tether, em seu ETF Bitcoin lança uma luz sobre as vulnerabilidades desses ativos. Destaca-se a interconexão entre diferentes criptoativos e a necessidade de estabilidade e clareza regulatória no dinâmico mundo das moedas digitais.