O mercado de ações dos EUA demonstrou uma resiliência notável na manhã de quinta-feira. Após enfrentar o que foi a pior liquidação diária em meses, os principais índices encontraram um terreno firme para uma recuperação impressionante.
O S&P 500, um índice amplamente observado, liderou essa virada com um aumento de aproximadamente 0,8% já na abertura do mercado, uma inversão notável da sua maior queda desde outubro. Essa tendência positiva foi igualmente refletida no Dow Jones Industrial Average, que registrou um aumento de 0,7%, e no Nasdaq Composite, com um ganho de 1,2%, ambos revertendo suas sequências anteriores de nove dias consecutivos de ganhos.
Este cenário de recuperação veio em meio a especulações de que o Federal Reserve poderia se inclinar para cortar as taxas de juros, uma expectativa que alguns investidores acreditam que poderia ser concretizada já em março. Apesar da hesitação por parte dos responsáveis do banco central, o mercado manteve uma postura otimista, contribuindo para a alta das ações até o início desta recuperação.
Curiosamente, a queda abrupta do mercado na quarta-feira não teve um único fator determinante. Comentadores do mercado apresentaram várias teorias, variando desde preocupações com a economia dos EUA, evidenciadas pela previsão de receitas pessimistas da FedEx, até a realização de lucros no final do ano e a negociação de opções de dia zero.
No setor de tecnologia, um destaque foi a Micron Technology, cujas ações saltaram mais de 8% na manhã de quinta-feira. Esta elevação ocorreu após a empresa, uma fabricante líder de chips de memória, projetar uma receita para o segundo trimestre que superou as expectativas de Wall Street. Essa projeção é vista como um sinal positivo para o setor de chips de memória, que passou recentemente por uma queda significativa nos preços, indicando uma possível recuperação em 2024.
Além do mercado de ações, dados econômicos relevantes foram divulgados na quinta-feira. A terceira estimativa do Departamento de Comércio para o PIB do terceiro trimestre mostrou uma desaceleração para 4,9%, ligeiramente abaixo da expectativa de manutenção de um crescimento de 5,2%. Por outro lado, os números do Departamento do Trabalho revelaram um aumento nos primeiros pedidos de auxílio-desemprego, atingindo 205 mil, ainda abaixo das previsões de 210 mil novos pedidos.