- Bitcoin supera US$ 107.000 com entusiasmo global crescente
- Trump avalia reserva estratégica de Bitcoin
- Fed pode cortar juros; criptoativos seguem em alta
O Bitcoin alcançou um marco histórico nesta segunda-feira, ultrapassando os US$ 107.000, impulsionado por um conjunto de fatores. A expectativa de um corte de juros pelo Federal Reserve nesta semana e as declarações do presidente eleito Donald Trump sobre a criação de uma Reserva Estratégica de Bitcoin foram os principais motores para essa valorização. A inclusão da MicroStrategy no índice Nasdaq 100 também aumentou o otimismo no mercado, destacando o crescente interesse institucional em criptomoedas.
No momento da publicação, o preço do Bitcoin estava cotado em US$ 107.092 com alta de 4% nas últimas 24 horas.
Durante uma entrevista à CNBC, Trump afirmou estar avaliando a criação de uma reserva estratégica para Bitcoin, similar à Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA. Ele comentou: “Sim, acho que sim”, reforçando a ideia de que o país pode liderar o cenário global de criptomoedas. Dennis Porter, CEO do Satoshi Action Fund, divulgou no Twitter que Trump pode usar o Exchange Stabilization Fund (ESF) para esse fim. “O Tesouro, através do Exchange Stabilization Fund, tem autoridade para estabilizar o dólar comprando moedas. Trump usará este fundo para comprar Bitcoin”, escreveu Porter. O ESF, que atualmente possui mais de US$ 200 bilhões em ativos, historicamente tem sido usado em crises financeiras, como a de 2008 e a pandemia de COVID-19.
Outro destaque foi o tweet de Michael Saylor, cofundador da MicroStrategy, que reforçou o compromisso de Trump com a ideia. “Trump está sério sobre uma Reserva Nacional de Bitcoin”, declarou Saylor, aumentando as expectativas na comunidade cripto.
A ideia de uma reserva estratégica não é exclusividade dos EUA. Países como China, Reino Unido, Brasil e El Salvador já acumulam Bitcoin em suas reservas, enquanto novas iniciativas continuam surgindo. No Brasil, um projeto propõe destinar 5% das reservas internacionais ao ativo digital. Nos EUA, estados como Texas e Pensilvânia já trabalham em legislações locais para criar reservas de Bitcoin.
Além disso, a senadora Cynthia Lummis sugeriu que os EUA adquiram 200.000 BTC anualmente pelos próximos cinco anos, o que demandaria aprovação do Congresso. Porém, críticos apontam que a centralização de Bitcoin em reservas pode impactar o equilíbrio do mercado.
O mercado também responde às expectativas de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve, decisão que será anunciada na quarta-feira. Investidores veem a possível redução como positiva para ativos de risco como o Bitcoin. A criptomoeda valorizou-se 158% em 2024, e o mercado total de criptoativos alcançou US$ 3,8 trilhões.
A inclusão da MicroStrategy no índice Nasdaq 100, que ocorrerá em 23 de dezembro, também impulsionou o mercado. A empresa já acumulou 439.000 BTC, com um lucro não realizado de US$ 19,1 bilhões. A valorização beneficiou ações relacionadas ao setor, como Coinbase (+2,6%), Robinhood (+5,3%) e MARA Holdings (+8,5%).