- Bitcoin desvia capital de setores produtivos, diz Peter Schiff.
- Adoção institucional do Bitcoin cresce, ETFs detêm mais BTC.
- Bitcoin atinge US$ 100.000, alimentando debates sobre seu futuro.
O economista e defensor do ouro Peter Schiff voltou a criticar o Bitcoin, classificando-o como uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. Em uma publicação recente na plataforma X (anteriormente Twitter), Schiff expressou preocupações sobre o uso de recursos públicos para a aquisição de Bitcoin, argumentando que tal prática desviaria capital de setores produtivos da economia.
Bitcoin has become a national security threat. It's one thing when private citizens voluntarily waste their own money buying #Bitcoin. But it crosses the line when they bribe government officials to squander the public's money buying it. Bitcoin is now public enemy number one.
— Peter Schiff (@PeterSchiff) December 8, 2024
Schiff reconheceu que investimentos privados em Bitcoin são escolhas pessoais. No entanto, ele enfatizou que compras governamentais da criptomoeda resultariam em má alocação de recursos, prejudicando áreas produtivas. Ele afirmou: “O perigo é que o governo desperdice o dinheiro público comprando Bitcoin, desviando mais capital para negócios relacionados ao blockchain em detrimento de empresas produtivas”.
Além disso, Schiff destacou que o déficit comercial dos EUA e o aumento das tarifas de importação elevariam os custos de importação. Ele instou os formuladores de políticas a focarem na reconstrução de fábricas domésticas, cadeias de suprimentos e na qualificação da força de trabalho, em vez de investir em Bitcoin, que, segundo ele, utiliza de forma inadequada recursos escassos.
Essas declarações ocorrem em um momento em que o Bitcoin atingiu um novo recorde histórico, ultrapassando US$ 100.000 na semana anterior, reacendendo debates sobre sua viabilidade a longo prazo e impacto econômico. Schiff mantém sua visão de que o Bitcoin é especulativo e destrutivo, especialmente quando envolve fundos públicos.
Recentemente, ele questionou a postura otimista do analista financeiro Jim Cramer em relação à criptomoeda, afirmando: “Essas parecem ser o tipo de declarações tipicamente feitas no topo do mercado!”. No passado, Schiff expressou repetidamente arrependimento por não ter comprado Bitcoin para apostar “na tolice alheia”. No entanto, ele acrescentou que, apesar de não ter comprado a US$ 1, isso não significa que o fará agora.
Schiff também rotulou o Bitcoin como uma “ameaça à segurança nacional”, citando seu uso indevido e impacto na eficiência econômica. Apesar de chamar o BTC de bolha, as alegações de Schiff contrastam com sua crescente adoção institucional e sucesso de ETFs. Defensores das criptomoedas zombam de Schiff, destacando questões econômicas mais amplas, como a dívida nacional, como preocupações mais urgentes.
A crítica de Schiff ao Bitcoin ocorre em meio a discussões sobre o papel da criptomoeda na economia global. Sua crescente adoção por investidores institucionais é um desenvolvimento significativo, com ETFs de Bitcoin relatados como detentores de mais de 1,1 milhão de BTC, superando as estimativas das posses de Satoshi Nakamoto.
Schiff argumenta que o Bitcoin desvia capital de setores produtivos, exacerbando ineficiências econômicas. Ele elaborou essa ideia em uma postagem subsequente: “O perigo é que o governo desperdice o dinheiro público comprando Bitcoin, desviando mais capital para negócios relacionados ao blockchain em detrimento de empresas produtivas”.
A rotulação do Bitcoin por Schiff como uma “ameaça à segurança nacional” toca em preocupações mais amplas sobre o papel da criptomoeda nos mercados financeiros e na governança. Críticos do Bitcoin frequentemente citam seu potencial uso indevido em atividades ilícitas e sua competição percebida com moedas soberanas. Por outro lado, os defensores argumentam que ele representa inovação financeira e uma proteção contra a inflação.
No momento da publicação dessa matéria, Bitcoin estava sendo negociada a US$ 98.087,60 com queda de 1.9% nas últimas 24 horas.
À medida que o debate sobre o Bitcoin continua, Schiff permanece uma voz influente — embora muitos na comunidade das criptomoedas gostem de contrariá-lo. Seu foco consistente no Bitcoin, mesmo enquanto defende o ouro, reflete a crescente proeminência dos ativos digitais no discurso econômico.