A Rússia tem planos para realizar a proibição da mineração de criptomoedas visando uma alternativa para conseguir driblar a escassez energética. A proibição planejada pelas autoridades russas deverá ocorrer em regiões específicas, incluindo alguns territórios ucranianos que estão ocupados, durante o inverno para lidar com a escassez de energia, de acordo com as informações publicadas pela mídia Moscow Times, em 19 de novembro.
O vice-primeiro-ministro Alexander Novak é na liderança de uma comissão governamental que tem planos para viabilizar a proibição. A medida acontece diante do planejamento da Rússia de restringir as atividades de mineração de criptomoedas durante a estação de aquecimento, conforme o relatório.
A proibição inclui seis regiões no Cáucaso do Norte e na Ucrânia ocupada, que ficará com as atividades de mineração proibidas de dezembro de 2024 até março de 2031. Na região de Zabaikalsky, na Sibéria, a mineração será proibida entre dezembro de 2024 e março de 2025, além de restrições anuais durante o inverno até 2031.
De acordo com a publicação, a proibição de mineração de criptomoedas vai afetar a região de Irkutsk, algumas partes da república da Buriácia e a região de Zabaikalsky na Sibéria, além das seis regiões no Cáucaso do Norte, incluindo as repúblicas da Chechênia e do Daguestão. No mesmo sentido, a proibição também vai se estender às regiões ucranianas ocupadas de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson.
Atualmente, a Rússia é o segundo maior centro de mineração de criptomoedas à nível global ficando atrás somente dos Estados Unidos. O país é responsável por consumir 16 bilhões de quilowatts-hora por ano para as atividades de mineração, o que equivale a um percentual de aproximadamente 1,5% do total de uso de eletricidade, segundo os dados do Ministério da Energia.
Levantamento revela queda de receita e lucro da mineração de Bitcoin pelo quarto mês consecutivo
Em um movimento de baixa, a receita diária de mineração de Bitcoin (BTC) e o lucro bruto apresentaram uma queda significativa em outubro. Conforme observou o JPMorgan (JPM) em um relatório de pesquisa divulgado em 1º de novembro, a queda registrada acontece pelo quarto mês consecutivo. As informações foram publicadas pelo Coindesk.
De acordo com a publicação, o relatório de pesquisa destacou que os mineradores de bitcoin ganharam, em média, US$ 41.800 por exahash por segundo (EH/s) de hashrate em receita de recompensa de bloco diária. O número equivale a uma porcentagem de 1% a menos do que o que foi registrado em setembro.