- Fed mantém taxas, corte possível em setembro.
- Inflação se aproxima da meta de 2% do Fed.
- Indicador PCE mostra desaceleração da inflação.
O Federal Reserve manteve as taxas de juros inalteradas nesta quarta-feira, consolidando uma faixa entre 5,25% e 5,50%, a mais elevada em 23 anos. A decisão, tomada por unanimidade, mantém a postura do Fed diante dos desafios econômicos impostos pela pandemia, como parte de uma estratégia agressiva para combater a inflação.
Segundo o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed, houve avanços significativos em relação à meta de inflação de 2%, apontando para um possível corte nas taxas nas próximas reuniões, especificamente nos dias 17 e 18 de setembro. “Nos últimos meses, houve algum progresso em direção à meta de inflação de 2% do Comitê”, afirmaram as autoridades em sua declaração de política.
Essa nova orientação sugere uma mudança na direção da política monetária, com os formuladores de políticas indicando que os riscos associados aos seus objetivos de estabilidade de preços e pleno emprego estão “continuando a se equilibrar melhor”. Esta afirmação ajusta a anterior que mencionava um progresso moderado, refletindo um cenário mais otimista.
Além disso, a declaração ressaltou a cautela do Comitê, que afirma não considerar apropriado um corte na taxa até que haja maior confiança de que a inflação está se movendo sustentavelmente em direção ao objetivo de 2%. A inflação ainda é descrita como “um tanto” elevada, embora tenha apresentado uma diminuição ao longo do último ano.
A credibilidade dessa perspectiva foi reforçada por dados recentes, que incluíram uma nova leitura do índice principal de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), o indicador preferido do Fed para a inflação, que registrou seu menor ganho anual em mais de três anos na sexta-feira anterior. Este indicador mostrou uma elevação anual de 2,6% em junho, uma desaceleração em relação aos 2,8% de abril e consistente com os níveis de maio.