A Circle alcançou um marco significativo ao se tornar a primeira emissora global de stablecoin a obter uma licença de Instituição de Moeda Eletrônica (EMI), essencial para a oferta de tokens de criptomoedas atrelados ao dólar e ao euro dentro dos padrões regulatórios da União Europeia (UE), especificamente sob o regime de Mercados de Ativos Criptomoedas (MiCA).
Esta licença coloca a Circle, cujo stablecoin USDC é apenas superado pelo USDT da Tether em termos de adoção, em uma posição privilegiada para expandir sua participação de mercado entre os 450 milhões de residentes do bloco de 27 nações. Stablecoins, como o USDC, desempenham um papel fundamental no ecossistema de ativos digitais, não apenas facilitando operações em bolsas, mas também sendo cada vez mais utilizadas em transações e remessas. O USDC da Circle, com um valor de mercado de US$ 32 bilhões, mantém-se como a segunda maior stablecoin, atrás apenas do Tether, que lidera com US$ 110 bilhões em USDT.
Equipada com a aprovação da autoridade bancária francesa, a Circle Mint France planeja começar a emissão localizada de sua stablecoin EURC, denominada em euros, e continuar a emissão de USDC a partir da mesma entidade. Esta medida ocorre antes da entrada em vigor das normas MiCA para stablecoins em 30 de junho, contexto no qual algumas bolsas de criptomoedas optaram por deslistar stablecoins denominadas em euros, como o EURT da Tether.
As novas regras da MiCA para stablecoins surgiram como uma resposta direta ao crescimento das big techs no mercado financeiro, particularmente exemplificado pelo projeto Diem (anteriormente Libra) da Meta.