O que é uma opção?
Uma opção é definida como um contrato financeiro derivativo que deriva seu valor de ativos subjacentes, tais como ações, índices de mercado e fundos de índice negociados em bolsa (ETFs). Este contrato confere ao adquirente o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo subjacente, conforme o tipo de contrato possuído. Diferentemente dos contratos futuros, o comprador da opção não é forçado a realizar a compra ou venda do ativo caso opte por não fazê-lo.
Cada opção possui uma data de expiração definida, que é o limite para o exercício da opção pelo seu titular. O preço fixado para a compra ou venda do ativo é conhecido como o preço de exercício. Normalmente, as opções são negociadas por meio de plataformas de corretagem online ou tradicionais.
Compreendendo os contratos de opções
Os contratos de opções são instrumentos financeiros altamente flexíveis que envolvem duas partes: o comprador, que paga um prêmio para adquirir os direitos especificados no contrato, e o vendedor. As opções de compra autorizam o detentor a adquirir o ativo pelo preço estabelecido durante um intervalo de tempo determinado. Por sua vez, as opções de venda permitem ao detentor vender o ativo pelo preço acordado dentro de um prazo especificado. Nas opções de compra, identifica-se um comprador com expectativas de valorização do ativo e um vendedor com visão contrária, enquanto nas opções de venda ocorre o inverso.
Operadores e investidores recorrem à compra e venda de opções por diversas razões. A especulação com opções possibilita ao operador manter uma posição no ativo com alavancagem, a um custo inferior ao da aquisição direta das ações. Além disso, as opções são utilizadas para proteção ou para diminuir a exposição ao risco em portfólios de investimento.
Em determinadas situações, detentores de opções podem gerar rendimentos ao adquirir opções de compra ou ao se posicionarem como emitentes de opções. Investir em petróleo através de opções é outra aplicação direta destes contratos. Para quem negocia opções, o volume de negociação diário e os contratos em aberto são indicadores chave para fundamentar decisões de investimento mais informadas.
As opções do tipo americano podem ser exercidas em qualquer momento antes da data de vencimento, enquanto as opções do tipo europeu somente podem ser exercidas na data de vencimento.
Tipos de opções
Calls
Uma opção de compra concede ao titular o direito, sem a obrigação, de adquirir o ativo subjacente pelo preço de exercício até a data de vencimento. Assim, o valor de uma opção de compra tende a aumentar à medida que o preço do ativo subjacente sobe, caracterizando-se por um delta positivo.
Adotar uma posição longa em uma opção de compra é uma estratégia para especular sobre a valorização do ativo subjacente, com o potencial de ganhos ilimitados e perdas limitadas ao prêmio pago pela opção.
Puts
Em contrapartida, uma opção de venda oferece ao titular o direito, mas não a obrigação, de vender o ativo subjacente pelo preço de exercício até ou na data de vencimento. Uma posição longa em uma opção de venda equivale a uma aposta na desvalorização do ativo subjacente, visto que o valor da opção de venda aumenta à medida que o preço do ativo cai, apresentando um delta negativo. As opções de venda protetoras funcionam como um seguro, estabelecendo um preço mínimo para a proteção das posições dos investidores.
Opções Americanas vs. Europeias
As opções americanas distinguem-se pela possibilidade de serem exercidas a qualquer momento entre a data de aquisição e a data de vencimento. Por outro lado, as opções europeias só podem ser exercidas na data de vencimento. A distinção entre as opções americanas e europeias não se relaciona com localização geográfica, mas sim com as regras de exercício. Muitas opções sobre índices de ações adotam o formato europeu.
Considerações Especiais
Em geral, os contratos de opções correspondem a 100 ações do ativo base. O adquirente paga um valor, conhecido como prêmio, por cada contrato. Por exemplo, caso o prêmio de uma opção seja de 35 centavos por contrato, o custo total para a aquisição de uma opção seria de 35 dólares (0,35 dólares x 100 = 35 dólares). O prêmio do contrato é influenciado parcialmente pelo preço de exercício, isto é, o valor pelo qual o ativo pode ser comprado ou vendido até a data de expiração.
Outro elemento que afeta o valor do prêmio é a data de expiração do contrato, que funciona como uma data limite para a utilização da opção. A data de expiração é determinada pelo ativo subjacente, sendo comum que para as ações seja na terceira sexta-feira do mês de vencimento do contrato.
Spreads de opções
Os spreads de opções referem-se a estratégias que empregam combinações variadas de compra e venda de opções para alcançar um perfil específico de risco e retorno. Essas estratégias são elaboradas utilizando opções básicas (vanilla) e são adequadas para aproveitar diferentes cenários de mercado, como períodos de alta ou baixa volatilidade e tendências ascendentes ou descendentes no preço dos ativos.
Métricas de risco de opções
No mercado de opções, utiliza-se a denominação “Gregos” para se referir às diversas dimensões de risco associadas à tomada de posições em opções, seja em uma opção específica ou em um portfólio de opções. Essas métricas são nomeadas com símbolos gregos e ajudam os operadores a avaliar e gerenciar os riscos das posições em opções.
Delta
Delta (Δ) indica a sensibilidade do preço de uma opção a variações de 1 dólar no preço do ativo subjacente. Esse indicador mostra quanto o preço de uma opção se alteraria em resposta a mudanças no preço do ativo base. O delta de uma opção de compra está entre zero e um, enquanto o delta de uma opção de venda está entre zero e um negativo.
Por exemplo, se um investidor possui uma opção de compra com um delta de 0,50, espera-se que o preço da opção aumente 50 centavos para cada aumento de 1 dólar no ativo subjacente.
Delta também é utilizado como um índice de cobertura (hedge) para criar posições neutras em delta. Assim, a compra de uma opção de compra americana com um delta de 0,40 exigiria a venda de 40 ações para alcançar uma cobertura completa. Além disso, o delta líquido de um portfólio de opções pode indicar seu índice de hedge total.
Uma aplicação menos frequente do delta é a estimativa da probabilidade de que a opção termine “in the money”. Assim, uma opção de compra com um delta de 0,40 tem uma probabilidade implícita de 40% de expirar dentro do dinheiro.
Theta
Theta (Θ) mede a variação do preço de uma opção em relação ao tempo, ou sua sensibilidade ao decaimento temporal. Este indicador mostra quanto o valor de uma opção diminui à medida que se aproxima a data de vencimento, mantidas constantes todas as outras variáveis.
Por exemplo, se um investidor detém uma opção com um theta de -0,50, o valor da opção cairia 50 centavos por dia, supondo que todas as outras condições permaneçam iguais. Se três dias se passarem, o valor da opção teoricamente reduziria em 1,50 dólares.
Theta é mais elevado para opções “at the money” e diminui para opções “in the money” e “out of the money”. Opções próximas ao vencimento também experimentam uma aceleração na perda de valor temporal. Opções de compra e venda longas geralmente apresentam theta negativo, enquanto opções de compra e venda curtas possuem theta positivo, contrastando com ativos como ações, que não são afetados pelo decaimento temporal e, portanto, têm theta zero.
Gama
Gama (Γ) é a medida que quantifica a variação do delta de uma opção em resposta a uma alteração unitária no preço do ativo base. Essa métrica, conhecida como a sensibilidade de segunda ordem do preço da opção, ilustra como o delta se alteraria com uma mudança de US$ 1 no ativo subjacente.
Imagine, por exemplo, que um investidor detém uma opção de compra em uma ação hipotética XYZ com um delta de 0,50 e um gama de 0,10. Se o preço da ação XYZ subir ou descer US$ 1, o delta da opção de compra se ajustaria em 0,10.
O gama é vital para avaliar a volatilidade do delta de uma opção. Um gama mais alto sugere que o delta da opção poderia se alterar significativamente em resposta a pequenas variações no preço do ativo subjacente. Ele é mais acentuado para opções que estão no dinheiro, diminuindo para aquelas dentro ou fora do dinheiro, com sua magnitude aumentando à medida que a data de vencimento se aproxima.
Conforme a data de vencimento se distancia, os valores de gama tendem a ser menores, indicando que as opções com vencimentos mais distantes são menos afetadas por mudanças no delta. Contudo, conforme o vencimento se aproxima, os valores de gama geralmente aumentam, tornando o preço da opção mais sensível a variações no preço do ativo subjacente.
Negociadores de opções podem buscar neutralizar não apenas o delta, mas também o gama, com o objetivo de alcançar uma posição neutra em delta-gama. Isso permite que, apesar das movimentações no preço do ativo subjacente, o delta permaneça estável próximo a zero.
Vega
Vega (V) mede a sensibilidade do preço de uma opção às mudanças na volatilidade implícita do ativo subjacente. Vega reflete como o preço da opção é afetado por uma variação de 1% na volatilidade implícita.
Se uma opção tem um vega de 0,10, espera-se que o preço da opção varie 10 centavos com uma alteração de 1% na volatilidade implícita. A volatilidade crescente sugere uma maior probabilidade de o ativo subjacente alcançar extremos de preço, elevando o valor da opção. Inversamente, uma redução na volatilidade tende a diminuir o valor da opção. Vega alcança seu pico em opções no dinheiro que possuem prazos mais longos até o vencimento.
Interessante notar que, apesar de Vega ser amplamente reconhecido no meio das negociações, tecnicamente, não corresponde a uma letra do alfabeto grego. A origem de sua denominação, similar à letra grega nu em aparência, é objeto de diversas teorias no campo das finanças.
Rho
Rho (ρ) indica a sensibilidade do preço de uma opção a variações de 1% nas taxas de juros, medindo assim sua sensibilidade a mudanças na taxa de juro. Por exemplo, se uma opção de compra tem um rho de 0,05 e um preço inicial de US$ 1,25, um aumento de 1% nas taxas de juro elevaria o valor da opção para US$ 1,30, ceteris paribus. O efeito é inverso para opções de venda. Rho é particularmente relevante para opções que estão no dinheiro e que possuem longos períodos até seu vencimento.
Gregos Secundários
Além dos gregos mais conhecidos, existem outros menos discutidos, como lambda, épsilon, vomma, vera, speed, zomma e color, entre outros. Esses indicadores são derivados de ordens superiores no modelo de precificação de opções e influenciam aspectos como a alteração no delta diante de variações na volatilidade. Com a evolução dos softwares de negociação, esses parâmetros de risco complexos e por vezes pouco conhecidos têm sido cada vez mais considerados em estratégias de negociação de opções, devido à capacidade dessas ferramentas de calcular e ajustar rapidamente a esses fatores.
Vantagens das Opções
Compra de Opções de Compra
Como já abordado, as opções de compra conferem ao titular o direito de adquirir um ativo subjacente a um preço fixo até uma data limite, sem a obrigação de efetuar a compra. O comprador desta opção assume o risco apenas até o valor do prêmio pago. Variações no preço do ativo subjacente não afetam diretamente este risco.
Os investidores que optam por comprar opções de compra geralmente têm uma visão otimista sobre o ativo, esperando que seu preço supere o preço de exercício antes do término da opção. Caso essa expectativa se confirme e o preço do ativo supere o preço de exercício, o investidor tem a oportunidade de exercer a opção, adquirir o ativo a um custo menor e potencialmente vender imediatamente a um preço de mercado mais elevado, realizando lucro.
O lucro nesta operação é calculado pela diferença entre o preço de mercado atual e o preço de exercício, subtraindo o custo do prêmio e quaisquer comissões. Esse resultado é então multiplicado pela quantidade de contratos de opção adquiridos e por 100, presumindo que cada contrato represente 100 ações.
Caso o preço do ativo subjacente não ultrapasse o preço de exercício ao fim do prazo, a opção se torna inútil e o investidor perde o valor investido no prêmio.
Venda de Opções de Compra
A venda de opções de compra, também conhecida como emissão de um contrato, envolve a recepção de um prêmio pelo vendedor. Ou seja, o comprador da opção paga um prêmio ao vendedor (lançador) da opção. O lucro máximo para o vendedor é o valor do prêmio recebido pela venda da opção. Vendedores de opções de compra tendem a ter uma perspectiva pessimista em relação ao ativo subjacente, esperando que seu preço caia ou permaneça próximo ao preço de exercício durante a vigência da opção.
Se ao vencer a opção o preço do ativo estiver igual ou abaixo do preço de exercício, a opção se torna inútil para o comprador, e o vendedor retém o prêmio como lucro. A opção não será exercida, pois o comprador não teria vantagem em adquirir o ativo a um preço superior ao do mercado.
Contudo, se o preço de mercado do ativo for superior ao preço de exercício na data de vencimento, o vendedor da opção é obrigado a vender o ativo ao comprador pelo preço de exercício mais baixo. Isso implica que o vendedor deve fornecer as ações de seu portfólio ou adquiri-las pelo preço de mercado corrente para cumprir a opção. O prejuízo do vendedor depende do custo de aquisição das ações para atender ao exercício da opção, menos o prêmio recebido.
Desta forma, o risco para os vendedores de opções de compra é substancialmente maior do que para os compradores, pois enquanto os compradores perdem no máximo o valor do prêmio, os vendedores podem enfrentar perdas ilimitadas à medida que o preço do ativo subjacente aumenta.
Compra de Opções de Venda
As opções de venda representam um mecanismo para investidores que antecipam uma queda no preço do ativo subjacente abaixo do preço de exercício antes ou na data de vencimento da opção. Este instrumento oferece ao titular o direito, mas não a obrigação, de vender o ativo ao preço de exercício estipulado.
Investidores que adquirem opções de venda esperam que o valor das ações subjacentes decaia, tornando a opção lucrativa quando o preço do ativo é menor que o preço de exercício. Caso o preço de mercado se posicione abaixo do preço de exercício ao expirar, o investidor tem a opção de exercer sua opção de venda, vendendo o ativo pelo preço de exercício vantajoso. Posteriormente, podem optar por recomprar o ativo no mercado a um preço inferior.
O ganho nesta operação deriva da diferença entre o preço de exercício e o preço de mercado atual, deduzidos o prêmio pago pela opção e quaisquer comissões de corretagem. O lucro é então calculado com base no número de contratos de opção adquiridos, multiplicado por 100, dado que cada contrato típicamente representa 100 ações.
O valor percebido em manter uma opção de venda cresce à medida que o preço do ativo subjacente declina, enquanto que o valor da opção diminui conforme o preço do ativo sobe. O risco associado à compra de opções de venda é limitado ao custo do prêmio, caso a opção expire sem ser exercida.
Venda de Opções de Venda
Vender opções de venda, também conhecido como emitir um contrato, reflete a crença do lançador de que o preço do ativo subjacente se manterá estável ou ascenderá durante o período da opção, evidenciando uma visão otimista sobre o ativo. Neste caso, o comprador da opção tem o direito, mas não a obrigação, de vender o ativo ao lançador pelo preço de exercício na data de vencimento.
Caso o preço do ativo subjacente esteja acima do preço de exercício no vencimento, a opção de venda expira sem valor, e o lucro máximo para o lançador é o prêmio recebido. A opção não será exercida, pois o comprador não se beneficiaria vendendo o ativo a um preço inferior ao do mercado.
Se o preço do mercado cair abaixo do preço de exercício, o lançador será obrigado a comprar o ativo pelo preço de exercício estabelecido, uma vez que o comprador exercerá sua opção de venda, preferindo vender o ativo por um valor superior ao do mercado.
O risco enfrentado pelo lançador da opção de venda surge quando o preço de mercado do ativo cai abaixo do preço de exercício. Nesse cenário, o lançador é compelido a adquirir o ativo pelo preço de exercício, podendo sofrer perdas significativas dependendo da depreciação do ativo.
O lançador pode decidir manter o ativo adquirido, esperando uma valorização futura, ou vender o ativo imediatamente, assumindo o prejuízo. Qualquer perda potencial é atenuada pelo prêmio inicialmente recebido pela venda da opção.
Lançar opções de venda a um preço de exercício que o investidor considera atraente para aquisição do ativo pode ser uma estratégia para obter o ativo desejado a um preço favorável, com o benefício adicional do prêmio recebido pela opção.
Prós e Contras das Opções
Prós
- O titular de uma opção de compra tem a possibilidade de adquirir ativos a um custo inferior ao valor de mercado caso o preço do ativo subjacente aumente.
- O possuidor de uma opção de venda beneficia-se ao vender o ativo pelo preço de exercício, que é superior ao valor de mercado, quando este último está abaixo do preço de exercício.
- Os vendedores de opções obtêm uma remuneração na forma de um prêmio, pago pelo comprador, por emitirem a opção.
Contras
- O vendedor de uma opção de venda pode ser obrigado a adquirir o ativo pelo preço de exercício, que pode ser superior ao que pagaria normalmente, caso o valor de mercado diminua.
- O lançador de uma opção de compra enfrenta um risco ilimitado caso o preço do ativo subjacente aumente, sendo potencialmente obrigado a adquirir o ativo a um preço elevado.
- Os compradores de opções são responsáveis pelo pagamento de um prêmio inicial aos lançadores da opção.
Exemplo de Operação com Opções
Considere que as ações da Microsoft (MSFT) estejam cotadas a US$ 108 cada uma e você preveja um aumento em seu valor. Opta então por comprar uma opção de compra esperando aproveitar esse potencial aumento no preço das ações. Adquire uma opção de compra com um preço de exercício de US$ 115 válida por um mês a frente, ao custo de 37 centavos por contrato. O investimento total é de US$ 37, acrescido de taxas e comissões (0,37 x 100 = US$ 37).
Caso as ações valorizem para US$ 116, a opção terá um valor de US$ 1, visto que você pode exercer a opção para comprar as ações a US$ 115 cada e revendê-las imediatamente a US$ 116. O rendimento na operação com a opção seria de 170,3%, já que o custo foi de 37 centavos e o retorno de US$ 1 – um aumento significativo comparado ao crescimento de 7,4% no preço da ação subjacente, de US$ 108 para US$ 116 ao término do prazo.
Em termos monetários, o lucro seria de 63 centavos ou US$ 63, considerando que um contrato de opção representa 100 ações [(US$ 1 – US$ 0,37) x 100 = US$ 63].
Se o preço da ação caísse para US$ 100, a opção expiraria sem valor e o prejuízo seria limitado ao prêmio de US$ 37. Essa situação demonstra como as opções podem servir para limitar as perdas potenciais.
Terminologia Importante em Opções
A negociação de opções utiliza uma série de termos específicos. Algumas das terminologias fundamentais incluem:
- At-the-money (ATM) – opções cujo preço de exercício é exatamente igual ao preço pelo qual o ativo subjacente é negociado. As opções ATM têm um delta de 0,50.
- In-the-money (ITM) – opções que possuem valor intrínseco e um delta superior a 0,50. No caso de uma opção de compra, significa que o preço de exercício é menor que o preço atual do ativo subjacente; para uma opção de venda, o preço de exercício é superior ao preço atual.
- Out-of-the-money (OTM) – opções que possuem apenas valor extrínseco (tempo) e um delta inferior a 0,50.
- Para opções de compra, o preço de exercício é superior ao preço atual do ativo; para opções de venda, é inferior.
- Prêmio – o preço pago por uma opção no mercado.
- Preço de Exercício – o preço pelo qual o ativo subjacente pode ser comprado ou vendido.
- Subjacente – o ativo base sobre o qual a opção é emitida.
- Volatilidade Implícita (IV) – a volatilidade esperada do ativo subjacente, refletida pelo preço de mercado da opção.
- Exercício – ação de um titular de opção ao optar por comprar ou vender o ativo pelo preço de exercício.
- Vencimento – a data em que o contrato termina.
Conclusão
As opções representam uma ferramenta versátil e poderosa no universo dos investimentos, capaz de oferecer tanto oportunidades de alavancagem quanto mecanismos de proteção contra a volatilidade do mercado. Com suas variantes — opções de compra e de venda —, permitem aos investidores posicionar-se tanto em expectativas de alta quanto de baixa nos preços dos ativos subjacentes. No entanto, é importante sublinhar a complexidade e os riscos associados a esses instrumentos financeiros. A correta avaliação das opções, seja para especulação ou proteção, exige um conhecimento aprofundado dos seus mecanismos, bem como uma compreensão clara das potenciais consequências financeiras.
Comparadas aos futuros, as opções oferecem a flexibilidade de não obrigar o titular à execução do contrato, conferindo um caráter estratégico distinto na gestão de riscos e oportunidades de mercado. Por outro lado, a natureza dos contratos futuros implica em compromissos firmes de compra ou venda do ativo subjacente, o que os torna adequados para estratégias diferentes.
Reconhecidas como ativos financeiros derivativos, as opções são componentes valiosos nas carteiras de investidores que buscam diversificar suas estratégias, alavancar posições ou se proteger contra movimentações adversas do mercado. No entanto, a prudência e o estudo contínuo são essenciais, uma vez que a utilização inapropriada desses instrumentos pode levar a perdas significativas. Portanto, investidores interessados em explorar as potencialidades das opções devem procurar aprimorar seu conhecimento e, se possível, contar com o aconselhamento de profissionais experientes no campo dos derivativos.
Perguntas Frequentes sobre Opções
Como Funcionam as Opções?
Opções são instrumentos financeiros derivativos que dão aos investidores a capacidade de especular sobre o preço de um ativo subjacente ou se proteger contra sua volatilidade. Existem dois tipos principais de opções: as opções de compra, que proporcionam lucro aos seus detentores caso o preço do ativo subjacente ascenda, e as opções de venda, que geram lucro quando o preço do ativo subjacente declina. Além disso, os investidores têm a opção de vender opções a terceiros, uma prática conhecida como operação a descoberto. Operar a descoberto uma opção de compra resulta em lucro se o preço do ativo subjacente diminuir, enquanto vender a descoberto uma opção de venda pode gerar lucro se o preço do ativo subjacente aumentar.
Quais são as Principais Vantagens das Opções?
As opções oferecem a vantagem significativa de alavancagem, permitindo que os investidores maximizem seu potencial de retorno com um investimento inicial comparativamente menor. Por exemplo, um investidor otimista pode optar por aplicar US$ 1.000 em opções de compra de uma determinada empresa, potencialmente alcançando um retorno superior ao que conseguiria ao investir o mesmo montante diretamente nas ações da empresa. As opções de compra, nesse contexto, ampliam o poder de compra do investidor.
Além disso, as opções servem como uma ferramenta eficaz de hedge ou proteção de risco. Um investidor que deseje mitigar sua exposição a uma determinada ação pode fazê-lo vendendo opções de venda relacionadas àquela ação.
Quais são as Principais Desvantagens das Opções?
A maior desvantagem dos contratos de opções reside na sua complexidade e na dificuldade de avaliação precisa. Isso torna as opções mais apropriadas para investidores experientes. Embora tenham se popularizado entre investidores de varejo nos últimos anos, é crucial que esses investidores tenham um entendimento completo dos riscos envolvidos. A falta de conhecimento adequado pode resultar em perdas significativas.
Como as Opções Diferem dos Futuros?
Tanto opções quanto futuros são tipos de contratos derivativos que derivam seu valor de um ativo ou título subjacente. A distinção fundamental entre os dois reside no fato de que os contratos de opções dão ao titular o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo subjacente no futuro, ao passo que os contratos futuros impõem essa obrigação.
Um Contrato de Opções é um Ativo?
Sim, um contrato de opções é considerado um ativo financeiro derivativo. Como tal, é um tipo de título que obtém seu valor de um ativo ou grupo de ativos subjacentes.