O mercado de ações dos EUA encerrou a semana em clima misto, delineando o equilíbrio delicado entre otimismo e cautela entre os investidores. Após um fechar de quinta-feira em alta, marcando um recorde para o S&P 500, a sexta-feira viu uma retração. O índice caiu 0,70%, uma pausa após o ritmo acelerado.
Similarmente, o Dow Jones Industrial Average registrou uma modesta queda de 0,2%, apesar de um impulso vindo das ações da Apple. O setor tecnológico, representado pelo Nasdaq Composite, sentiu um revés de 1,2%, mesmo depois de um ganho significativo no dia anterior. Entre os destaques, a Nvidia viu suas ações retrocederem mais de 5%, uma pausa em sua trajetória de valorização.
O relatório de empregos de fevereiro trouxe à tona a complexidade do cenário econômico. A criação de 275 mil novos empregos, superando as expectativas, contrastou com um leve aumento na taxa de desemprego para 3,9%. Este sinal misto alimentou a especulação sobre os próximos passos da Reserva Federal, com investidores pendendo para a possibilidade de uma redução nas taxas de juros após a reunião de junho.
Olhando além das fronteiras dos Estados Unidos, a postura do Banco Central Europeu e do Banco do Japão sugere um alinhamento global em torno da flexibilização monetária. Ambas as instituições mostraram-se inclinadas a ajustes nas taxas de juros, refletindo uma resposta coordenada à dinâmica inflacionária e ao crescimento econômico.
No âmbito corporativo, alguns resultados não alcançaram as expectativas do mercado. As ações da Costco recuaram 7% frente a uma receita que não atingiu as projeções, enquanto a Broadcom não conseguiu entusiasmar os investidores mesmo com uma receita robusta, resultando em uma queda de suas ações em mais de 6%.
Em contrapartida, o mercado de matérias-primas viu o ouro ascender, marcando seu maior salto semanal em cinco meses. Este movimento sublinha o otimismo cauteloso dos investidores quanto a uma potencial redução das taxas de juros pela Reserva Federal no meio do ano.