Adam Cochran, analista de renome no mundo das criptomoedas, recentemente destacou uma preocupação vital para a Coinbase, a maior exchange de criptomoedas dos Estados Unidos em volume de negociação com Ethereum. Cochran, desse modo, sugere que a empresa deveria priorizar a criação de um fundo de seguro para seus usuários, ao invés de focar na diversificação de sua infraestrutura de clientes Ethereum.
A principal preocupação de Cochran é com a “supermaioria” do Ethereum. A plataforma, conhecida por seus contratos inteligentes, é amplamente utilizada para transações e para o desenvolvimento de aplicativos descentralizados. No entanto, a dependência da rede Ethereum em Geth, um cliente validador utilizado por mais de 75% dos operadores de nós, cria um ponto de vulnerabilidade significativo.
Cochran alerta que uma falha maciça, onde a maioria dos nós Ethereum falhasse simultaneamente. Desse modo poderia resultar em interrupções substanciais e perdas para os usuários da Coinbase. Em tal cenário, o colapso de Geth teria o potencial de paralisar a rede, levando inclusive a uma possível cisão. O analista defende que a Coinbase deveria estabelecer um fundo de seguro robusto para proteger os usuários nessas eventualidades.
Coinbase, I love you guys, but with major updates around the corner, this isn’t the right approach.
Set up an insurance fund, or allow us to opt in to other clients saying we know the risks, but deploy something asap.
The risk of supermajority failure is a *bigger* risk to your… https://t.co/2yqtI0F9f7
— Adam Cochran (adamscochran.eth) (@adamscochran) January 23, 2024
A preocupação com a “supermaioria” do Ethereum é um risco significativo
Além do fundo de seguro, Cochran acredita que oferecer aos usuários a opção de utilizar clientes Ethereum alternativos, como Besu e Nethermind, aumentaria a autonomia dos usuários, permitindo-lhes maior controle sobre sua segurança. Por isso, esta medida também ajudaria a mitigar os riscos associados à dependência de um único cliente.
A sugestão de Cochran vem no contexto de um ambiente de criptomoedas cada vez mais consciente da segurança. No entanto, exemplos como o fundo de seguro da Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de negociação, servem como precedente para essa prática. Em caso de hack, esse fundo permite à Binance compensar seus usuários, demonstrando um compromisso com a segurança dos fundos dos investidores.
A resposta da Coinbase a essas sugestões será crucial, especialmente considerando a crescente preocupação com a segurança no setor de criptomoedas. A adoção de medidas de segurança robustas, como um fundo de seguro e a diversificação de clientes, não só protegerá os usuários. Assim, a ação também reforçará a confiança na plataforma em um mercado cada vez mais competitivo.