O “Relatório Global de Crimes Financeiros” divulgado pela bolsa de valores Nasdaq revelou dados sobre o crime financeiro em 2023. No entanto, o relatório não mencionou o Bitcoin (BTC) e criptomoedas. Nos últimos meses, entidades criticaram as criptomoedas por envolvimentos com crimes e lavagem de dinheiro.
Conforme apontou o documento, o crime financeiro segue sendo um “problema multibilionário”. O levantamento mostrou que aproximadamente US$ 485,6 bilhões em fundos ilícitos flutuaram pelo sistema financeiro global no ano passado.
“Em 2022, cerca de 3,1 biliões de dólares em fundos ilícitos circularam através do sistema financeiro global. O branqueamento de capitais foi responsável por biliões de dólares que financiaram uma série de crimes destrutivos, incluindo cerca de 346,7 mil milhões de dólares em tráfico de seres humanos e 782,9 mil milhões de dólares em actividades de tráfico de drogas, bem como 11,5 mil milhões de dólares em financiamento do terrorismo.
Em 2023, fraudes e esquemas de fraude bancária totalizaram US$ 485,6 bilhões em perdas projetadas em todo o mundo”, escreveu o relatório.
O relatório também apontou as principais ameaças: “A nossa investigação mostra que os profissionais anti-crime financeiro deram prioridade à ameaça de fraude em sistemas de pagamentos em tempo real/mais rápidos e em tipologias complexas, como a atividade de mulas de dinheiro, o tráfico de drogas, o financiamento do terrorismo e o tráfico de seres humanos como principais preocupações”.
Vale lembrar que um relatório recente revelou que a maior stablecoin do mercado USDT, da Tether, se tornou um dos métodos de pagamento proeminentes usados para lavagem de dinheiro e fraudes no Sudeste Asiático, conforme um alerta das Organização das Nações Unidas divulgado pelo Financial Times.
Tether desafia relatório da ONU com acusações de lavagem de dinheiro
A emissora da maior stablecoin USDT, a Tether rebateu, em 15 de janeiro, as acusações da Organização das Nações Unidas (ONU) de que o USDT é utilizado em atividades ilegais.
Em seu comunicado oficial, a Tether destacou a decepção com o relatório: “Estamos decepcionados com a avaliação da ONU que destaca o USDT, destacando o seu envolvimento em actividades ilícitas, ignorando ao mesmo tempo o seu papel na ajuda às economias em desenvolvimento nos mercados emergentes, completamente negligenciados pelo mundo financeiro global simplesmente porque servir essas comunidades não seria lucrativo para elas”.