Mesmo com aprovação recente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA do tão aguardado fundo negociado em bolsa (ETF) Bitcoin à vista, o regulador de Cingapura decidiu restringir o produto no país. A Autoridade Monetária de Cingapura (MAS) não permitirá que um ETF de Bitcoin à vista seja no país, conforme informações locais.
Em sua justificativa para a medida, o regulador argumenta que as criptomoedas não estão listados entre os ativos qualificados no contexto dos ETFs.
No entanto, de acordo com o jornal local, intermediários do mercado de capitais deverão assegurar que seja divulgado de forma adequada os riscos e avaliações para adequação dos usuários. Este movimento sugere que, mesmo com as restrições, os investidores de varejo ainda vão conseguir negociar ETFs Bitcoin à vista que estiverem listados no exterior através de corretores locais.
Vale lembrar que, em novembro, foram divulgados planos de Cingapura para novas regras visando conter especulação de criptomoedas no varejo. O governo do país apresentou uma proposta para regulamentações adicionais que tem o intuito de endurecer a sua postura contrária a especulação retalhista em criptomoedas.
Os incentivos comerciais, bem como, financiamento feito aos usuários varejistas vão ser barrados. A proposta do governo inclui a proibição de investidores individuais conseguirem obter empréstimos visando negociações.
É Legal Comprar Criptomoedas Em Cingapura?
Em 2022, a média global de posse de criptomoedas foi de 4,2%, com países como Cingapura e Tailândia exibindo índices de adoção significativamente superiores, 11,05% e 6,47% respectivamente. Tal fenômeno se deve em grande parte ao avançado conhecimento tecnológico de suas populações e à abordagem favorável que ambos os países do Sudeste Asiático têm em relação às criptos.
Cingapura e Tailândia estão na vanguarda da implementação de um marco regulatório para criptomoedas e ativos digitais, servindo como referência para outras nações. A Autoridade Monetária de Singapura (MAS), em particular, é reconhecida por liderar a criação de estruturas de governança, padrões técnicos e infraestrutura para blockchain e criptomoedas, consolidando ambos os países como centros de inovação e desenvolvimento nesse campo.