Recente pronunciamento de Jay Clayton, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), durante sua participação no ‘Squawk Box’ da CNBC. O assunto principal? A caso envolvendo Sam Bankman-Fried, o ex-CEO da extinta exchange de criptomoedas FTX.
O cerne do debate gira em torno das ações de Bankman-Fried no controle da FTX. De acordo com Clayton, o governo tentará construir uma história que sugira que o ex-CEO captou dinheiro dos investidores para um propósito, mas acabou desviando para benefício próprio. Isso será corroborado por testemunhas e evidências documentais.
Do outro lado, a defesa de Bankman-Fried se inclinará para um território interessante: o de “mens rea”. Em termos simples, eles tentarão demonstrar que ele acreditava que estava atuando de acordo com a lei. E, como apontou Clayton, testemunhas e documentos também serão ferramentas valiosas neste embate.
Uma questão intrigante abordada foi a veracidade das testemunhas que firmaram acordos com o governo. Clayton esclareceu que, apesar de sua credibilidade poder ser posta à prova, elas não são a única linha de evidência. Existem documentos e outros meios que terão papel decisivo no julgamento.
Fora do caso FTX, Clayton abriu o jogo sobre suas percepções das criptos e da regulação. Ele realçou a essencialidade de um ambiente regulatório consistente, iniciando por stablecoins bem estruturadas e reguladas.
Mas a cereja do bolo foi seu comentário sobre o futuro do Bitcoin. O ex-presidente da SEC disse que tanto a CFTC quanto a SEC já categorizaram o Bitcoin como mercadoria. Ele destacou a eficácia melhorada do mercado à vista de Bitcoin, levando-o a acreditar que a aprovação de um ETF de Bitcoin nos EUA é apenas uma questão de tempo.
As palavras finais de Clayton foram claras e diretas: “Agora, com uma visão regulatória mais clara sobre o Bitcoin, um ETF de Bitcoin parece ser um próximo passo lógico. O mercado de Bitcoin tem mostrado uma maturidade notável.”