Nova York tem sido o palco para desenvolvimentos decisivos relacionados ao mundo das criptomoedas. E, no último episódio deste drama, o ex-CEO da IcomTech, Marco Ochoa, fez uma confissão chocante.
Em uma revelação feita em 27 de setembro no Tribunal Distrital para o Distrito Sul de Nova York, Ochoa admitiu sua culpa em uma acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica. Isso se torna ainda mais significativo, já que a confissão é sobre o polêmico esquema Ponzi executado pela IcomTech – empresa que Ochoa dirigiu entre 2018 e 2019.
O comunicado do Departamento de Justiça dos EUA trouxe à tona os métodos da IcomTech. Disfarçando-se como uma empresa de mineração e negociação de criptos, prometeu aos investidores retornos diários usando uma variedade de produtos. A empresa até lançou um token proprietário, batizado de “Icom”.
Os eventos organizados por eles, com toda pompa e circunstância, eram um convite aos investidores. Mas o que muitos não sabiam era que, por trás das cortinas, as operações de mineração de criptomoedas prometidas nunca ocorreram. O resultado? Investidores que não conseguiam sacar os lucros alegadamente acumulados, culminando no desmoronamento da IcomTech em 2019.
E as acusações não pararam por aí. Em novembro de 2022, Ochoa e outros altos executivos da IcomTech foram oficialmente acusados. Se condenado, o ex-CEO pode enfrentar até 20 anos atrás das grades.
Pouco tempo depois dessa confissão, outro escândalo veio à tona no mesmo tribunal. Pablo Rodriguez, co-fundador do AirBit Club Ponzi, foi condenado a 12 anos de prisão. Os eventos mostram a crescente vigilância contra fraudes relacionadas a criptomoedas.
O mesmo dia também viu a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) acusar a Mosaic Exchange e seu CEO, Sean Michael. Alegadamente, a empresa atraiu investidores com promessas de negociações em futuros de criptomoedas e outros produtos, executando suas operações em plataformas como BitMEX e Binance – ambas previamente acusadas pela CFTC de diversas irregularidades.
Com tantos escândalos, Kristin Johnson, Comissária da CFTC, frisou a urgência de introduzir regulamentos que preencham as lacunas no comércio de criptomoedas, visando proteger os investidores e manter a integridade desse mercado em rápido crescimento.