O Departamento do Trabalho divulgou hoje o relatório Payroll de março, apontando que os empregadores criaram 236 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês, um número pouco abaixo do esperado. A taxa de desemprego ficou em 3,5%.
Os dados de fevereiro foram revisados para cima, mostrando 326 mil empregos criados em vez dos 311 mil anunciados anteriormente. A taxa de participação da força de trabalho em março foi de 62,6%, enquanto a relação população-emprego subiu para 60,4%.
O setor de lazer e hotelaria criou 72 mil empregos, enquanto o setor público criou 47 mil. O setor de serviços profissionais empresariais criou 39 mil vagas e a indústria criou 34 mil vagas. No entanto, o setor de serviço de alimentos e locais para beber criou apenas 50 mil vagas, ficando abaixo do nível pré-pandemia em cerca de 368 mil vagas.
Os ganhos médios por hora cresceram 0,3% em março, em linha com o consenso. Entre os desempregados, o número de desempregados permanentes aumentou em 172 mil para 1,6 milhão, enquanto o número de reentradas na força de trabalho caiu em 182 mil para 1,7 milhão. O número de desempregados de longa duração (há 27 semanas ou mais) mudou para 1,1 milhão em março, representando 18,9% de todas as pessoas desempregadas.
Vale lembrar que na quarta-feira, os dados do setor privado gerou apenas 145.000 empregos no mês passado, abaixo da previsão de 200.000 empregos pelos economistas consultados pela Reuters. A indústria de lazer e hotelaria contratou mais trabalhadores, enquanto houve perdas de empregos nas atividades financeiras, bem como nos serviços profissionais e empresariais.
“No geral, o Federal Reserve ficará satisfeito com os detalhes do relatório de emprego, mas ainda apóia outro aumento de juros em maio – que achamos que pode ser o último do ciclo de aperto. Seguido por uma longa pausa.” escreveu a economista-chefe da Nationwide, Kathy Bostjancic, em nota na sexta-feira.
Ainda assim, o relatório divulgado na sexta-feira mostra que o emprego continuou a crescer em alguns setores, incluindo governo, serviços empresariais e cuidados de saúde. No entanto, especialistas apontam para uma desaceleração no mercado de trabalho dos EUA, o que pode trazer impactos para a economia do país.