A Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA acusou o credor cripto Genesis Global Capital e a exchange cripto Gemini Trust de oferecer e vender títulos não registrados para “centenas de milhares de investidores” por meio do programa Gemini Earn, que prometia aos depositantes retornos com juros altos.
No comunicado, Gary Gensler, presidente da SEC disse:
“Alegamos que a Genesis e a Gemini ofereceram valores mobiliários não registrados ao público, contornando os requisitos de divulgação destinados a proteger os investidores”.
Ainda acrescentou que:
“As cobranças de hoje se baseiam em ações anteriores para deixar claro ao mercado e ao público investidor que as plataformas de empréstimo de cripto e outros intermediários precisam cumprir nossas leis de valores mobiliários testadas pelo tempo.”
“Fazer isso protege melhor os investidores. Promove a confiança nos mercados. Não é opcional. É a lei.”
O Gemini Earn foi encerrado em 10 de janeiro em meio a uma briga no Twitter entre Barry Silbert, fundador do Digital Currency Group (DCG), dono do Genesis, e o cofundador do Gemini, Cameron Winklevoss, que alegou que o Genesis devia US$ 900 milhões aos usuários do Gemini. Silbert negou as acusações.
“É decepcionante que o @SECGov tenha decidido entrar com uma ação hoje, já que o @Gemini e outros credores estão trabalhando duro juntos para recuperar fundos”, twittou Tyler Winklevoss, outro cofundador do Gemini. “Esta ação não contribui em nada para promover nossos esforços e ajudar os usuários do Earn a recuperar seus ativos.”
As acusações foram anunciadas na mesma semana em que os promotores dos EUA e a SEC começaram a investigar o DCG sobre transferências entre o conglomerado cripto e uma de suas subsidiárias.
Os investidores cripto estão preocupados que o DCG – que também possui a gigante de gerenciamento de ativos digitais Grayscale, bem como o CoinDesk, o site de notícias cripto – possa se tornar outra vítima na série de falências que abalaram a indústria cripto no ano passado.