Os recentes episódios de colapsos no mercado cripto, como a falência da FTX, e os seus danos em toda a indústria não foram suficientes para afastar novos adeptos da criptoeconomia, como Larry Fink, CEO da BlackRock.
A BlackRock é a maior empresa administradora de ativos do mundo, gerindo cerca de US$ 8 trilhões. E, recentemente, investiu US$ 24 na FTX, por meio de um veículo chamado de “um fundo de fundos” (em tradução literal para o português), como disse o próprio Fink.
A jogada a coloca ao lado de outras grandes empresas, como a Sequoia Capital e a Tiger Global, todas perderam seus investimentos após o colapso da exchange de Sam Bankman-Fried, no começo de novembro.
A posição de Fink em relação às criptos vem mudando
Anos atrás, em 2017, Larry Fink apelidou as criptomoedas de “índice de lavagem de dinheiro porém, nos últimos tempos a sua atitude diante do mercado de inovação cripto tem mudado. Agora, Fink demonstra claro interesse e abertura ao cripto.
Em maio deste ano, Fink escreveu uma carta aos seus acionistas, dizendo que a BlackRock estava estudando sobre as moedas digitais e suas tecnologias, para melhor entender como elas poderiam ajudar os seus clientes. A declaração foi um grande passo, para quem no passado se mostrou cético em relação a nova economia digital, ele disse:
“A BlackRock está estudando moedas digitais, stablecoins e as tecnologias subjacentes para entender como elas podem nos ajudar a atender nossos clientes. (…) Um sistema de pagamento digital global, cuidadosamente projetado, pode melhorar a liquidação de transações internacionais, reduzindo o risco de lavagem de dinheiro e corrupção.”
Já em abril, Fink deu o primeiro passo em direção à criptoeconomia e fez um investimento na Circle. Em conjunto com mais 3 empresas, investiram US$ 400 milhões na emissora da segunda maior stablecoin (USDC).
Recentemente, no DealBook, evento organizado pelo New York Times, Fink opinou que é possível que a muitas empresas sigam o mesmo caminho da FTX: “Na verdade, acredito que a maioria das empresas não existirá.”, contudo, ele acredita que a tecnologia de criptografia tem potencial, como facilitar a liquidação instantânea de títulos e para votação de acionistas.