Exchanges espalhadas por todo mundo correm contra o tempo para comprovar a saúde financeira de suas operações. A quebra da FTX aumentou a desconfiança dos investidores e o número de saques.
Com isso, as principais exchanges trabalham com auditorias externas, para acalmar investidores e o mercado. Porém, para Powell as auditorias devem seguir protocolos rígidos ou não poderão ser consideradas válidas.
Para o CEO da exchange Kraken, os relatórios da Binance apenas serão considerados válidos, para comprovar as reservas da exchange, após uma completa auditoria que deve incluir: a) a soma das responsabilidades do cliente; b) prova criptográfica verificável pelo usuário de que cada conta foi incluída na soma; e, c) as assinaturas que comprovem o acesso e controle do custodiante sobre as carteiras.
A comprovação de reserva lançado pela Binance permite que os clientes verifiquem seus ativos usando o que chamaram de “Árvore Merkle”. Contudo, Powell faz o alerta para o fato da comprovação da Binance não ter incluído as contas com saldos negativos.
Powell reitera que a prova não é suficiente apenas ao fazer a listagem de carteiras dentro da exchange. É preciso que os ativos sejam balanceados com os passivos da conta.
Nas palavras de Powell:
O objetivo disso é entender se uma exchange tem mais criptomoedas sob sua custódia do que deve aos clientes. Colocar um hash em um ID de linha é inútil sem todo o resto.
Em respostas às acusações de Powell, Changpeng Zhao (CZ), CEO da Binance, disse que os planos da empresa envolvem trazer auditores terceirizados e de confiança para comprovar a legitimidade de suas contas.
Ainda, em 19 de novembro, CZ confirmou ter dado início aos trabalhos para a criação de uma exchange centralizada e segura (CEX), coomo forma de trazer mais segurança para os investidores e comunidade cripto. A ideia é compartilhada por Vitalik Buterin, confundador da rede Ethereum.