A ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, comentou que o blockchain é “absolutamente imperativo”, porém, afirmou que o fator do anonimato dessa tecnologia é um “risco inerente”, que exige que sejam tomadas precauções. Ela, no entanto, aceitou que criptomoedas privadas, como bitcoin, estão “bastante bem espalhadas” na Índia.
Sitharaman comentou sobre como que o governo indiano apoia o uso da tecnologia de contabilidade distribuída (DLT), também conhecida como blockchain, porém, à medida que seu uso cresce no futuro e se generaliza, é necessário ter cuidado com o fator de anonimato.
O anonimato é o quê? Um elemento desconhecido nessa coisa toda. O anonimato da pessoa ou de quem quer que seja, ou do robô, é o que temos que estar absolutamente nos preparando como… um desafio futuro”, apontou Sitharaman, à uma emissora indiana.
A observação pela ministra das Finanças da Índia aconteceram durante um programa organizado para marcar as comemorações do jubileu de prata da National Securities Depository Limited (NSDL), que lançou uma plataforma blockchain.
As informações armazenadas no sistema serão assinadas criptograficamente, com carimbo de data/hora e adicionadas sequencialmente. Ele fornecerá uma trilha de auditoria verificável de transações, fortalecendo assim a confiança no mercado, pois esses ativos serão continuamente monitorados com uma trilha de auditoria de transações forte e inalterável”, apontava o comunicado do Ministério das Finanças da Índia sobre o novo recurso blockchain NSDL.
Por sua vez, ao falar sobre o anonimato no blockchain, muitos entenderam que Sitharaman está fazendo uma promoção para a CBDC que o governo indiano planeja lançar ainda neste ano.
Porém, não foi apenas a ministra das Finanças que falou sobre o anonimato, já que o chefe da Securities and Exchange Board of India (SEBI), Madhabi Puri Buch, também comentou sobre o “risco’ existente, afirmando que o CBDC indiano não terá o elemento de anonimato.