Em meio um momento muito conturbado da política mundial, com a Rússia invadindo a Ucrânia e causando uma situação tensa entre os países, os CEO’s e diretores das principais corretoras de criptomoedas falaram sobre o momento que as exchanges estão passando, citando que é muita desinformação sobre o não cumprimento de sanções econômicas à Rússia.
Existe essa visão geral de ‘não bloquear indivíduos de sanção’ com ‘não bloquear todos os cidadãos russos”, comentou um executivo, em entrevista ao The Block.
Para colocar na lista de bloqueios indivíduos e entidades russas, as corretoras de criptomoedas cumprem uma exigência feita pelo Office of Foreign Assets Control, contudo, eles não chegaram a bloquear completamente todos os clientes russos, o que os especialistas dizem não ser uma exigência, mas se tornou um movimento comum de empresas em meio à invasão da Ucrânia.
A resistência entre as corretoras de criptomoedas vai contra o ethos que o espaço criptográfico tem: a defesa do acesso ao sistema financeiro aberto.
Jornais tradicionais estamparam manchetes como “ferramenta oculta da Rússia para minar sanções”, além de posições contrárias de políticos e agentes financeiros ao redor do globo, como um ministro do governo ucraniano pediu às corretoras de criptomoedas que bloqueiem usuários russos, enquanto Hillary Clinton disse à MSNBC que “algumas, não sei, filosofias do libertarismo ou qualquer outra coisa” sobre a posição tomada pelas exchanges.
Brian Armstrong, CEO da Coinbase, publicou no Twitter que sua empresa acredita que todos merecem acesso a serviços financeiros básicos, a menos que a lei diga o contrário.
Em um comunicado oficial, na última sexta-feira (04), a FTX apontou que a abordagem que os operadores de câmbio adotam para identificar indivíduos sancionados e bloqueá-los de acesso.
As exchanges que podem aceitar transferências eletrônicas como fontes de depósitos fiduciários conhecem a identidade da instituição financeira de origem e, portanto, podem detectar se a moeda vem, por exemplo, de um banco russo listado em sanções, de uma fonte na lista negra ou de alguma outra fonte problemática. Isso fornece uma maneira simples e eficaz de bloquear uma quantidade significativa de atividade direta de instituições sancionadas”, pontuou a corretora.