O CEO da Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, Changpeng Zhao disse que as novas restrições impostas contra a publicidade de criptomoedas não afetarão a demanda para os tokens.
Para Zhao, segundo sua entrevista à CNBC, os anúncios de criptomoedas não tiveram muito impacto no crescimento do número de usuários, e só se tornaram comuns nos últimos anos, apontando que a maioria da adoção de criptomoedas vem do marketing “boca a boca”.
Changpeng Zhao comentou também que os principais serviços de publicidade, como o Google e a rede social Facebook, não permitem anúncios de criptomoedas há algum tempo já e, mesmo assim, ficou claro que a propaganda não desempenha um papel significativo na adoção ou demanda dos ativos digitais.
Para o mandatário da Binance, essa nova série de restrições de governos em anúncios de criptomoedas mostra apenas que a procura pelos tokens aumentou nos últimos tempos e tem agradado ao público.
É improvável que a repressão à publicidade de criptomoedas tenha muito efeito sobre a demanda, já que a maioria dos usuários de moedas cripto vem de promoções boca a boca de qualquer maneira”, afirmou Changpeng Zhao.
Recentemente, países como a Espanha, Cingapura e mais recentemente o Reino Unido andaram tomando medidas para restringir as promoções sobre ativos digitais, afirmando que eles são uma categoria de investimento de risco.
Cingapura chegou a tomar medidas mais duras ainda, não proibindo só a publicidade dos tokens em espaços públicos, como também vetando os provedores de serviços de criptografia de abrir caixas eletrônicos de criptomoedas, o que fez com que vários daqueles que já estavam instalados no país fossem fechados.
Segundo as autoridade locais, há uma grande preocupação com o conteúdo enganoso dos anúncios de criptomoedas, onde a maioria das empresas cripto são acusadas de destacar grandes retornos enquanto minimizam os riscos associados aos investimentos em criptomoedas.
Outro ponto levantado é a falta de clareza sobre os regulamentos de criptomoedas na maioria dos países, o que torna os anúncios uma dor de cabeça ainda maior para os reguladores.