O CEO da FTX, John Ray, foi acusado pela Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas de “distorções” para “promover agendas questionáveis” em relação à reestruturação da bolsa.
Em um comunicado, a Comissão argumentou que, de forma intencional, Ray deturpou informações relacionadas ao relacionamento de Sam Bankman-Fried com as autoridades reguladoras das Bahamas.
Como parte dos pedidos de falência, o CEO fez a divulgação de e-mails redigidos entre Bankman-Fried e funcionários das Bahamas. Em seus conteúdos, Bankman-Fried afirma aos funcionários que a bolsa “segregou” fundos pertencentes a clientes do país. O fundador da FTX também se ofereceu para abrir saques somente para esses clientes, conforme os e-mails.
De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas, “essas redações foram projetadas para criar uma falsa impressão de comunicações entre o Sr. Bankman-Fried e a Comissão”.
“Essas redações são perturbadoras, pois o Sr. Ray está ciente de que o e-mail completo revela o reconhecimento do Sr. Bankman-Fried de que ele ‘não informou a Comissão de Valores Mobiliários’”, completou.
Prisão de Sam Bankman-Fried
O fundador e ex-diretor executivo da falida FTX, Sam Bankman Fried, foi preso, nesta segunda-feira (12), e levado sob custódia pela Polícia Real das Bahamas a pedido do governo dos EUA. A prisão vem após uma acusação selada do Distrito Sul de Nova York.
O colapso da bolsa FTX causou prejuízos de bilhões de dólares em todo o mundo, trazendo acusações de má conduta operacional anteriormente não divulgadas a usuários e investidores.