- Alexander Mashinsky condenado por fraude com criptomoedas
- CEO da Celsius desviou fundos e enganou investidores
- Justiça dos EUA reforça regras contra fraudes cripto
O ex-CEO da Celsius Network, Alexander Mashinsky, foi sentenciado a 12 anos de prisão após se declarar culpado por liderar um esquema de fraude multibilionária envolvendo empréstimos em criptomoedas. A condenação foi confirmada pelo Ministério Público dos Estados Unidos, que destacou o impacto do golpe nos investidores de varejo.
Mashinsky foi preso inicialmente em julho de 2023, acusado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) por violações à legislação de valores mobiliários. Já em dezembro de 2024, admitiu sua culpa ao Departamento de Justiça (DOJ) por enganar usuários da Celsius ao apresentar a empresa como uma plataforma segura e lucrativa, enquanto desviava fundos para ganhos pessoais.
De acordo com a promotoria, Mashinsky fez promessas de segurança superiores às oferecidas por bancos tradicionais, atraindo uma ampla base de usuários. No entanto, as alegações apontam que ele aplicava os fundos dos clientes em operações de alto risco, com o objetivo de enriquecer pessoalmente.
O procurador dos EUA, Jay Clayton, declarou:
“Alexander Mashinsky tinha como alvo investidores de varejo com promessas de que manteria seus ‘ativos digitais’ mais seguros do que um banco, quando na verdade ele usava esses ativos para fazer apostas arriscadas e encher seus próprios bolsos.”
Ainda segundo Clayton, a atuação de Mashinsky resultou em perdas bilionárias para os clientes da Celsius, enquanto ele acumulava dezenas de milhões de dólares em ganhos. A Justiça Federal do Distrito Sul de Nova York (SDNY) reforçou que mesmo no setor de criptomoedas, as leis antifraude permanecem válidas e serão aplicadas com rigor.
A sentença veio mesmo após o pedido de clemência da defesa, que sugeria apenas um ano de prisão. A Justiça entendeu que a gravidade do caso exigia punição severa como forma de proteger o mercado de criptomoedas e responsabilizar más condutas.